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O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL-SC), apresenta nesta quarta-feira (17) as estratégias de segurança pública adotadas pelo estado, que registrou redução nos indicadores de criminalidade no último ano, durante uma audiência na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado e das Facções, no Senado Federal.
Segundo dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-SC), Santa Catarina obteve uma queda de 15,4% no número de homicídios entre 1º de janeiro e 30 de novembro deste ano, em comparação ao mesmo período de 2024. Em números absolutos, os casos baixaram de 456 para 386.
O levantamento aponta que os meses de junho a setembro de 2025 registraram os menores índices para o período nos últimos 18 anos. Além dos crimes contra a vida, houve recuo nos crimes patrimoniais: os roubos caíram 17,3% (de 5.468 para 4.523) e os furtos diminuíram 5,7%.
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Para o Executivo estadual, os resultados são reflexo do aumento no orçamento da pasta e da integração operacional. Atualmente, o estado destina 12% do orçamento à segurança pública. Em 2024, os aportes somaram cerca de R$ 1,2 bilhão, além da concessão de um reajuste salarial de 21,5% para as forças de segurança.
"Em Santa Catarina, polícia conversa com polícia, inteligência conversa com inteligência, e o estado atua de forma coordenada", afirmou o governador Jorginho Mello sobre o protocolo unificado adotado pelas polícias Civil, Militar, Penal, Científica e o Ministério Público.
Uma das frentes de atuação tem sido a asfixia financeira das organizações criminosas. Entre 2023 e 2025, as delegacias especializadas apreenderam mais de R$ 120 milhões em bens ligados ao crime organizado. A estratégia inclui ainda o monitoramento do sistema prisional e o isolamento de lideranças para limitar a comunicação ilícita.
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O relatório da Gerência de Estatística e Análise Criminal (Geac) indica também uma redução de 9% no total de mortes violentas intencionais — categoria que engloba homicídio, latrocínio, feminicídio e lesão corporal seguida de morte —, passando de 618 casos em 2024 para 562 neste ano. Os casos de feminicídio oscilaram de 48 para 47 registros no mesmo período comparativo.
Na CPI em Brasília, Jorginho Mello deve detalhar como o uso de tecnologia e inteligência policial tem mantido o estado nas primeiras posições de rankings nacionais, como o de competitividade dos estados (CLP), visando contribuir para o debate de políticas de segurança em âmbito federal.







