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A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo indiciou 16 policiais por envolvimento na escolta ilegal e na execução de Vinícius Lopes Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), em 2024, no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos.
O inquérito policial militar (IPM) apontou o indiciamento de 12 policiais militares por organização criminosa, um por falsidade ideológica e prevaricação, além de outros três por organização voltada à prática de violência — esses três estiveram mais ligados ao assassinato em si. A Corregedoria da corporação pediu a manutenção da prisão preventiva de 14 policiais que estão detidos no presídio Romão Gomes, na Zona Norte de São Paulo.
Gritzbach fez um acordo de delação com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) em março de 2024 na tentativa de atenuar a pena por ter mandado matar duas pessoas do PCC e por lavagem de dinheiro. Na delação, ele denunciou policiais civis por extorsão.
Gritzbach foi assassinado na saída do Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos em 8 de novembro de 2024 depois de desembarcar de um voo com origem em Maceió. Quatro homens encapuzados desceram de um carro e efetuaram os disparos. Na ação que foi gravada por câmeras de segurança do aeroporto, um motorista de aplicativo foi morto e outras duas pessoas ficaram feridas.
Em março deste ano, o MP-SP denunciou à Justiça seis pessoas acusadas de participarem da execução de Gritzbach. Dos seis denunciados, três são policiais militares que teriam participado da execução de Gritzbach em conluio com o PCC. O MP-SP aponta quatro qualificadoras nos crimes: motivo torpe, meio cruel, emboscada e uso de armamento restrito.







