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A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo pediu a prisão do soldado que jogou um homem de uma ponte na última segunda-feira (2), na capital paulista. A decisão foi tomada após o policial militar ter sido ouvido no âmbito de um inquérito policial militar conduzido pela Corregedoria e confirmada à Gazeta do Povo pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) de São Paulo nesta quarta-feira (4).
A Secretaria da Segurança Pública do estado determinou que 13 policiais envolvidos na ocorrência fossem afastados das atividades de rotina até o caso ser apurado pela Corregedoria da PM. Na nota enviada à reportagem, a SSP confirma que “o caso também é apurado pela Polícia Civil, por meio da Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (CERCO) da 2ª Seccional”.
Boletim de ocorrência omite o fato de que homem foi jogado de ponte
O boletim de ocorrência elaborado pelos policiais omite o fato de que o suspeito foi jogado de cima da ponte. Conforme o registro, feito após as imagens circularem na internet, os policiais perseguiram suspeitos em motos até um baile funk na comunidade de Cidade Ademar, na zona sul da capital paulista. Com a chegada da polícia, o baile foi encerrado, e a perseguição continuou por cerca de dois quilômetros, envolvendo o homem que dirigia uma moto sem placa.
Segundo apuração da Gazeta do Povo, após este e outros incidentes recentes envolvendo a corporação, a Polícia Militar deve anunciar nos próximos dias um treinamento em larga escala para os agentes.
Governador e secretário de segurança repudiaram o ato
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), repudiou o ato dos policiais evidenciado nas imagens, citando também o episódio recente em que um PM de folga atirou nas costas de um homem que havia roubado um supermercado.
O secretário da Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite, também condenou o ato e afirmou que a atitude dos profissionais observada nos vídeos que vieram à público não reflete a missão da Polícia Militar.
A defesa de parte dos policiais afastados alegou que Tarcísio e Derrite cometeram abuso de autoridade ao comentarem o caso nas redes sociais antes de concluídas as apurações.
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