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Datena, Celso Russomano e Marta Suplicy: nomes que ainda podem surgir na eleição de São Paulo
Datena, Celso Russomano e Marta Suplicy: nomes que ainda podem surgir na eleição de São Paulo| Foto: Reprodução Instagram Datena/Divulgação Câmara dos Deputados/Gervásio Baptista, Agência Brasil

A menos de um ano para a eleição que decidirá os futuros prefeitos, São Paulo já tem nomes alardeados como pré-candidatos, mas outros ainda seguem nas articulações e podem surgir para disputar a preferência do eleitorado. José Luiz Datena (PDT) ainda não bateu o martelo se deixará o o programa diário na TV Bandeirantes para concorrer ao pleito. O deputado federal Celso Russomano (Republicanos), que sempre aparece bem ranqueado nas pesquisas, também não definiu se será candidato. E a ex-prefeita Marta Suplicy, sondada por muitos partidos, ainda pode aparecer para o pleito do ano que vem.

Datena chegou a apareceu em um vídeo na casa do pré-candidato Guilherme Boulos (PSOL), em abril, no que seria uma articulação de possível chapa entre os dois. Após o vídeo se espalhar, o apresentador negou a possibilidade de ser vice de Boulos. Datena já foi filiado ao PSC, União Brasil, PP, DEM e PT, mas nunca disputou uma eleição.

O deputado estadual e presidente do PDT no estado de São Paulo, Marcio Nakashima, conversou com a Gazeta do Povo e cravou Datena na eleição do próximo ano na capital paulista. “O nosso candidato para a prefeitura de São Paulo será o Datena. Não há outro. O partido terá candidatura própria na capital paulista em 2024”, afirma o parlamentar.

Sobre possíveis articulações com outras siglas e até mesmo um nome para vice, Nakashima diz que está tudo nas mãos do apresentador. “Quem está conversando diretamente com os partidos é o Datena”. Questionado sobre a possibilidade de uma desistência de Datena para a corrida eleitoral - como aconteceu em anos anteriores - o presidente estadual do PDT refuta a ideia. “O PDT não trabalha com um plano B, é o Datena mesmo”, diz Nakashima.

Marta Suplicy afirma apoiar a reeleição de Ricardo Nunes

A ex-prefeita e secretária de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, respondeu em nota que não pretende concorrer a nenhum cargo no ano que vem e ressaltou que apoia a reeleição do atual prefeito. “Sem filiação a partido político, a secretária Marta Suplicy está totalmente focada em sua atuação na pasta de Relações Internacionais. No momento adequado, vai trabalhar intensamente para reeleger o prefeito Ricardo Nunes (MDB)”, diz a equipe dela.

O gabinete do deputado federal Celso Russomano (Republicanos) informou que o parlamentar ainda está definindo se será candidato a prefeito da capital paulista. A assessoria não confirmou se essa decisão sairá ainda este ano.

Para Bruno Silva, cientista político e diretor do movimento Voto Consciente, os pré-candidatos que estão fora da polarização dificilmente terão alguma chance real na eleição do ano que vem. “O que assistimos foi a desidratação de candidaturas desse tipo nos últimos pleitos municipais na capital, vigorando ao final das contas a polarização entre candidaturas mais distintas”, aponta ele.

Silva analisa cada um dos possíveis pré-candidatos citados. “Embora ainda seja cedo para cravar qualquer tendência, são nomes conhecidos pelo eleitor. Tudo dependerá dos apoios político-partidários e de eventuais padrinhos na disputa. Quem terá o apoio do governador? Pela lógica partidária seria Russomano, posto que é do mesmo partido de Tarcísio (de Freitas)".

No entanto, ele pontua que as costuras por parte de outro partido importante no governo, o PL, vão em outro sentido. "A Marta Suplicy está no governo de Nunes. Pode ser um nome importante para dar apoio ao atual prefeito, podendo até mesmo sair como vice. Datena aparece como o eterno candidato, mas que nunca efetivamente entra na disputa”, lembra o cientista político.

Republicanos e PL podem colocar Tarcísio e Bolsonaro em campos opostos na eleição 

Apesar da recente fala de Jair Bolsonaro (PL) de que combinou com Tarcísio de Freitas (Republicanos) e que ambos vão apoiar os mesmos candidatos no estado, isso na prática pode não se confirmar totalmente. Na capital, caso Russomano decida ser candidato à prefeitura, ele sairia pelo partido do governador. O ex-presidente Bolsonaro afirmou que apoiará o seu ex-ministro do Meio Ambiente, o deputado federal Ricardo Salles (PL).

Essa situação pode se manifestar também no litoral, interior e região metropolitana do estado de São Paulo, que devem contar com candidatos do Partido Liberal e do Republicanos, criando assim uma saia justa para a dupla Bolsonaro e Tarcísio.

Outro exemplo de lados opostos entre o ex-presidente e o ex-ministro da Infraestrutura é a cidade de Guarulhos. Bolsonaro manifestou a vontade de apoiar o pré-candidato e vereador Lucas Sanches (PL). Tarcísio deve apoiar o seu atual líder de governo, o deputado estadual Jorge Wilson (Republicanos).

No litoral sul do estado, o município de Santos também viverá um impasse com possíveis apoios e padrinhos políticos. O atual prefeito da cidade, Rogério Santos (Republicanos), se filiou ao partido do governador no último dia 28 na esperança de contar com o apoio de Tarcísio para a reeleição. Na semana passada, Bolsonaro participou de um evento em Santos junto com a deputada federal Rosana Valle (PL) e afirmou que apoiará a parlamentar na disputa.

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