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Desvio de recursos públicos

Família de Paulo Maluf paga R$ 210 milhões em acordo para evitar processos em SP 

Segundo Ministério Público de SP, família de Paulo Maluf já devolveu cerca de R$ 819 milhões aos cofres públicos (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados.)

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A família do ex-prefeito Paulo Maluf, de 93 anos, firmou com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e a Procuradoria-Geral do Município (PGM) um acordo de não persecução civil para a devolução de R$ 210 milhões aos cofres públicos da capital paulista.

A medida, assinada por quatro filhos, uma ex-nora, um ex-genro, uma empresa offshore do Uruguai e um banco brasileiro que adquiriu ações da Eucatex – empresa fundada pela família -, tem origem em investigações sobre desvios de recursos durante a gestão de Maluf entre 1993 e 1996.

Irregularidades financeiras

As apurações do MP-SP indicam que aproximadamente 300 milhões de dólares foram desviados nas obras do túnel Ayrton Senna e da avenida Água Espraiada (atual avenida Jornalista Roberto Marinho), dois projetos viários importantes para a cidade de São Paulo.

O acordo não extingue as ações civis contra o ex-prefeito, sua esposa e empresas acusadas de superfaturamento e pagamento de propina. Até agora, segundo o promotor Silvio Marques, o total recuperado pelas negociações entre PGM-SP e MP-SP soma cerca de R$ 819 milhões.

Paulo Maluf foi prefeito de São Paulo de 1969 a 1971 e de 1993 a 1996, além de governador paulista entre 1979 e 1982. Maluf foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por lavagem de dinheiro, com pena de sete anos e nove meses de prisão.

Há ainda uma ordem de prisão expedida desde 2007 por lavagem de dinheiro encaminhada pela Promotoria de Nova York, que permanece ativa contra o ex-prefeito e um de seus filhos. Na França, Maluf e sua esposa foram condenados a três anos de prisão e multa em processo por crimes semelhantes.

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