Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
São Paulo

Funcionário da Enel é preso após cobrar R$ 2,5 mil para religar luz de restaurante

Segundo boletim de ocorrência, funcionário da Enel ligou energia emapenas 15 segundos após comerciante concordar em pagar R$ 2,5 mil
Segundo boletim de ocorrência, funcionário da Enel ligou energia emapenas 15 segundos após comerciante concordar em pagar R$ 2,5 mil (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Ouça este conteúdo

Um funcionário que prestava serviço à Enel foi preso em flagrante após cobrar propina para religar o fornecimento de energia de unidades consumidoras no bairro Vila Mariana, em São Paulo, na última quinta-feira (11).

VEJA TAMBÉM:

De acordo com boletim de ocorrência da Polícia Civil da capital paulista, o suspeito, identificado como Alex Rodrigues Nogueira, teria religado a luz do restaurante Rancho da Empada em apenas 15 segundos depois que o dono do estabelecimento, Rodrigo Reed Rocha, concordar em pagar R$ 2,5 mil. O serviço estava interrompido no local desde a quarta-feira (10).

Em mensagens de texto e áudio divulgados pela CNN Brasil, o técnico afirma que só faria o religamento após a transferência bancária e chega a dizer que se não recebesse o valor, pegaria o caminhão da empresa e iria embora.

O momento do flagrante foi registrado em vídeo, que foi divulgado pelo subprefeito da Vila Mariana, Rafael Minatogawa. Na gravação, o político se passa por um comerciante da Avenida Sena Madureira e questiona o que precisa ser feito para que o fornecimento de energia de seu estabelecimento seja retomado.

O técnico conta então que pediu o dinheiro pois teria que se deslocar até outra rua, que não faria parte de seu roteiro original. “Meu ‘trampo’ é aqui, para ir ali vou cobrar”, diz.

À CNN, a Enel afirmou que qualquer exigência de pagamento para reparos na rede elétrica está fora das regras de conduta da companhia e que, em caso de dúvidas, os clientes podem entrar em contato com os canais de atendimento da empresa.

À Gazeta do Povo, a companhia informou que o supeito era funcionário de uma empresa terceirizada que presta serviços à Enel.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou, em nota, que o técnico será investigado por corrupção passiva. A prisão em flagrante foi ratificada, e o caso segue sob investigação pelo 16º Distrito Policial de São Paulo.

Áudios, vídeos e demais provas apresentadas foram anexadas ao inquérito. Por se tratar de crime cuja pena máxima supera quatro anos de reclusão, não foi arbitrada fiança na delegacia.

VEJA TAMBÉM:

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.