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Durante a pandemia

MP investiga sites por envio de dados dos alunos de São Paulo para empresas publicitárias

MP investiga site do governo de SP por suposto envio de dados de alunos para empresas de publicidade
Sites e aplicativos que prestaram serviços a Seduc durante a pandemia estão sendo investigados pelo MP por suposta violação de dados de estudantes da rede pública. (Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo.)

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O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriu inquérito para investigar um suposto fornecimento ilegal de dados pessoais dos alunos da rede estadual de ensino para empresas de publicidade. Sites e aplicativos que prestaram serviço durante a pandemia de Covid-19 para a Secretaria da Educação paulista (Seduc) estão sendo investigados pelo órgão.

Os casos de possível fornecimento de dados pessoais de crianças e adolescentes foram denunciados pela ONG Human Rights Watch (HRW) e encaminhados ao MP-SP por deputados da oposição na Assembleia Legislativa de SP (Alesp). O fato teria ocorrido durante as gestões de João Doria (PSDB) e Rodrigo Garcia (PSDB).

A promotora da Infância e Juventude, Sandra Lucia Garcia Massud, determinou na última quinta-feira (17) que seja apurado se a Seduc descumpriu a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), violando o direito à privacidade dos estudantes. Massud deu um prazo de 30 dias para a Secretaria de Educação enviar os documentos e contratos assinados com as empresas para verificar se houve a coleta e transferência ilegal de dados.

De acordo com a HRW, os sites que prestaram serviço à Seduc não monitoravam os alunos apenas durante o período de aulas, mas também fora dele para colher informações e comercializar os dados com empresas publicitárias.

A instigação apura oito sites utilizados pela Secretaria de Educação:

  • Centro de Mídias da Educação de São Paulo (Da Seduc)
  • Descomplica
  • Escola Mais
  • Explicaê
  • MangaHigh
  • Stoodi
  • DragonLern
  • Revisa Enem

Em nota, a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) esclarece que o fato investigado ocorreu nos anos de 2021 e 2022 e que não manteve contrato com as plataformas investigadas. Já sobre o Centro de Mídias da Educação de São Paulo, que se mantém ativo, o governo estadual diz que "tem tratamento de dados reduzido somente ao necessário para prover a finalidade educacional"

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