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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), esperava que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) tivesse mudado de nome para Polícia Municipal na semana passada. Entretanto, vereadores de oposição e mesmo da base do prefeito não chegaram a um acordo e a discussão sobre o assunto ficou para depois do carnaval.
Com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de permitir aos guardas municipais trabalharem com policiamento ostensivo e realizarem prisões em flagrante, Nunes tentou acelerar a mudança do nome ao resgatar um projeto de 2019 que havia sido aprovado em primeira votação — a proposta é da vereadora Edir Sales (PSD). Os vereadores Rubinho Nunes (União) e Luna Zarattini (PT), porém, protocolaram substitutivos que adiaram a tramitação.
Segundo o vereador Rubinho, a mudança para polícia não deve ser apenas simbólica e deve ser acompanhada de outras questões ligadas às novas atribuições, como adicional de periculosidade, assistência jurídica e seguro de vida. Durante a sessão da última quinta-feira (27), o vereador do União disse que a mudança não pode ser "apenas uma peça publicitária".
A expectativa de Nunes é de que o presidente da Câmara Municipal, Ricardo Teixeira (União), convoque uma sessão extraordinária na quinta-feira (6) para apreciar o tema.
Ignorando o adiamento da votação do projeto, o prefeito chamou guardas de policiais no sábado (1º). "Temos aqui 853 policiais municipais", disse em entrevista durante o desfile do carnaval na capital paulista. Nas redes sociais, Nunes voltou a falar que "policiais municipais" estão na rua durante o carnaval em uma ação coordenada a partir da Central de Monitoramento Smart Sampa.







