O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), está utilizando a mesma estratégia de seu antecessor no cargo, Bruno Covas, que durante a eleição municipal de 2020 não se aliou a Lula (PT) e nem a Jair Bolsonaro (PL). Nunes tem enfatizado que é um candidato de centro e sem padrinho político pensando nas eleição municipais de 2024.
Há duas semanas, durante o festival de música The Town, o prefeito de São Paulo declarou que se considera um político de centro. “Eu sempre falei de uma forma muito transparente que é importante a gente ter uma união do centro, que é o campo em que eu atuo, com a direita, para que o centro e a direita possam vencer a extrema-esquerda, que é um risco para a cidade, alguém que prega a desordem", afirmou Nunes.
Para Rogério Schmitt, cientista político do Espaço Democrático, o prefeito paulistano acerta ao se colocar como um candidato de centro para o pleito de 2024. “A briga do prefeito Ricardo Nunes, em qualquer cenário, será pelo eleitorado de centro e também pelo eleitorado antipetista que inclui, mas não se limita, ao eleitorado ideologicamente mais à direita”.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo na semana passada, Nunes rejeitou a ideia de Bolsonaro ser seu padrinho político, mas reforçou que conta com o apoio do ex-presidente. “Não, padrinho não. Eu quero apoio. Acho que está caminhando para que possa ter esse apoio. Padrinho, acho que nem a Marta Suplicy (PT), nem o Bolsonaro. É um conjunto de pessoas que entendem que essa frente é importante contra o que a gente entende ser a extrema esquerda”, afirmou o prefeito de São Paulo.
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