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O terminal de passageiros do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, dobrará de tamanho até junho de 2028, quando passará a ter 105 mil metros quadrados. Esse é o plano da Aena, concessionária responsável pelo equipamento, que iniciou no ano passado a demolição de prédios que darão espaço ao terminal e ao pátio de aeronaves.
São mais de 50 mil metros quadrados que deverão ser liberados para a continuidade das obras. Nessa metragem estão edifícios administrativos e hangares de companhias, além de estruturas que dão suporte às empresas de distribuição de combustível, como BR Aviation e Shell.
As demolições já forçaram as empresas aéreas a realocarem as operações. A Gol, que tinha grande parte da sua administração em Congonhas, se transferiu para um prédio comercial. Os serviços dos hangares da companhia que ainda serão demolidos estão sendo absorvidos por outras bases, especialmente Confins, em Minas Gerais — um hangar da Gol, que pertencia anteriormente à Varig, será transformado em área de embarque porque ele é tombado.
A Latam ainda mantém suas operações de manutenção e de cargas no local, mas em breve realocará equipes e equipamentos para os aeroportos de Guarulhos e São Carlos.
As empresas de táxi aéreo também buscam alternativas. A Helisul se mudou para o Campo de Marte. A Líder Aviação se mudou para outra área em Congonhas, criou uma nova base no Campo de Marte e ampliou a unidade em Sorocaba. A TAM Aviação Executiva transferiu a operação para uma área em Congonhas que não será afetada pelas obras do novo terminal.
Veja abaixo o que já foi demolido e o que ainda falta ser derrubado no aeroporto de Congonhas:
Já demolido
- Hangar da Helisul Aviação
- Hangar que pertencia à Avianca Cargo
- Prédios que pertenciam à Vasp
- Prédios administrativos da Gol
- Hangares da Líder Aviação
- Hangares da TAM Aviação Executiva
A ser demolido
- Demais prédios administrativos da Gol
- Hangar de manutenção da Gol
- Hangar de manutenção da Latam
- Hangar da Latam Cargo
- Hangar que pertencia à Avianca
- Prédio da Azul Cargo Express
- Estacionamento de caminhões de combustível
O que permanecerá em pé, mesmo estando no caminho da ampliação do terminal, é a torre de controle do aeroporto. Inaugurada em 2011 pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), a torre e suas áreas administrativas seguirão no mesmo lugar, onde haveria mais uma ponte de embarque de aeronaves.
Concessionária investirá R$ 2 bilhões em novo terminal de Congonhas
A Aena tem três anos para entregar o novo terminal de passageiros do aeroporto de Congonhas. Para não interromper a operação de pousos e decolagens, a concessionária trabalhará por etapas na edificação da estrutura.
O primeiro passo será a intervenção no pátio de aeronaves e nas pistas de taxiamento. Depois disso serão iniciadas a construção no novo píer e as obras no hangar tombado, que servirá de área de embarque remoto. Na última etapa, serão instaladas as ponte de embarque e o sistema de controle e processamento de bagagens, bem como a reforma do terminal atual, que concentra as operações de desembarque.
O novo terminal, que custará R$ 2 bilhões, terá 72 posições de check-in, 19 pontes de embarque — hoje são 12 — e 10 portões de embarque remoto. Junto com a nova estrutura, o pátio de aeronaves terá 215 mil metros quadrados, passando de 30 para 37 posições de parada, sendo 19 nas pontes e 18 remotas.
A capacidade atual do aeroporto de Congonhas é de 23 milhões de embarques e desembarques por ano — em 2024, a movimentação chegou a 23,1 milhões, extrapolando o limite. Após a entrega das obras, a Aena estima que a capacidade subirá para 29,5 milhões de passageiros por ano.
VEJA TAMBÉM:
A Líder Aviação não transferiu as atividades para o Campo de Marte, como originalmente publicado.
Atualizado em 22/05/2025 às 19:02
