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Segurança Pública

Organizações de direitos humanos denunciam Tarcísio de Freitas por violência policial

Assinado por 66 instituições, o texto enviado à OEA responsabiliza Tarcísio e Derrite pelos episódios recentes da Polícia Militar no estado.
Assinado por 66 instituições, o texto enviado à OEA responsabiliza Tarcísio e Derrite pelos episódios recentes da Polícia Militar no estado. (Foto: Francisco Cepeda/Governo de São Paulo)

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Mais de 60 organizações de direitos humanos apresentaram uma denúncia à Organização dos Estados Americanos (OEA) contra a gestão de Tarcísio de Freitas e do secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, por causa das operações policiais e abordagens criticadas por excessos e casos de violência por parte de integrantes da Polícia Militar de São Paulo. O documento foi protocolado na última sexta-feira (20).

Assinado por 66 instituições, o texto enviado à OEA responsabiliza Tarcísio e Derrite pelos episódios recentes no estado e pede punições. “Esses episódios exemplificam a atuação racista e autoritária da polícia no estado. É nosso dever exigir o fim da violência racial promovida em São Paulo pelo governador Tarcísio de Freitas e pelo secretário Guilherme Derrite. Nos últimos dois anos, os índices de letalidade policial só aumentaram”, afirma o documento.

A denúncia também aponta racismo estrutural nas abordagens da Polícia Militar e acusa os gestores da corporação. O texto solicita que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), vinculada à OEA, recomende medidas para pôr fim à violência policial no estado, de acordo com a entidade.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) defendeu seu compromisso com os direitos humanos. “A SSP reafirma sua atuação pautada pela legalidade, transparência e respeito aos direitos humanos. Não compactuamos com excessos ou desvios de conduta, punindo exemplarmente os que infringem a lei e desrespeitam protocolos.”

A gestão estadual também destacou a redução de mortes relacionadas à intervenção policial. “Nos dois primeiros anos da gestão atual (2023 e 2024), houve queda de 32,2% nas mortes por intervenção policial em relação ao mesmo período da gestão anterior (2019 e 2020). No mesmo intervalo, 281 policiais foram expulsos ou demitidos, 342 foram presos, e 684 processos demissórios foram instaurados, reforçando o rigor das investigações conduzidas pela Corregedoria.”

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Entre as organizações que assinaram o documento estão:

  • UNEafro Brasil;
  • Movimento Negro Unificado;
  • Instituto de Referência Negra Peregum;
  • Instituto da Mulher Negra;
  • Associação Amparar;
  • Amigos e Familiares de Presas e Presos;
  • Casa Sueli Carneiro;
  • Iniciativa Negra por uma Nova Política de Drogas.

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