Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Foragido desde abril

“Pagodeiro do PCC” é preso com documento falso em praia na Bahia

Polícia Militar da Bahia
Latrell Brito se manteve ativo nas redes sociais e foi preso com apoio da PM baiana (Foto: Rafael Martins/GOVBA)

Ouça este conteúdo

O empresário e músico Vagner Borges Dias, conhecido como Latrell Brito, foi preso nesta segunda-feira (27) na praia de Arembepe, na Bahia. O “pagodeiro do PCC” foi localizado com o apoio da Polícia Militar e portava documentos falsos. 

Latrell estava foragido há nove meses desde a operação Munditia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). A investigação revelou contratos fraudulentos que superam R$ 200 milhões entre empresas ligadas ao Primeiro Comando da Capital e prefeituras paulistas. Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o "pagodeiro do PCC" liderava o esquema que fraudava licitações.

De acordo com informações divulgadas pelo MP-SP, o foragido utilizava documentos falsos para “se ocultar e frustrar o cumprimento de três mandados de prisão preventiva expedidos" em abril do ano passado, quando fugiu minutos antes das buscas na residência do músico. Os envolvidos no esquema foram indiciados pelos crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos.

“A operação Munditia apura fraudes em licitações de prefeituras e câmaras de diversas cidades do estado, com imputado conluio de empresas, corrupção de agentes públicos e falsidades. O Gaeco já ofereceu seis denúncias e segue na busca da responsabilização dos agentes públicos e demais envolvidos pelos inúmeros crimes identificados ao longo das investigações”, informa a nota do MP-SP.

A reportagem da Gazeta do Povo não conseguiu contato com a defesa de Latrell Brito. O espaço segue aberto para manifestações.

“Pagodeiro do PCC” usava redes sociais para exibir armas e fazer ameaças

Apesar de ser considerado foragido pela Justiça, o músico usou ativamente as redes sociais durante o período em que era procurado pela polícia.

O “pagodeiro do PCC” possui licença de caçador, atirador e colecionador (CAC) e ostentava armas em redes sociais e usava-as para fazer ameaças. Em vídeos anexados ao processo, ele aparece exibindo armamentos e insinuando resolver problemas com o que chama de “brinquedinhos”.

“Latrell e seus sócios atuam para beneficiar o PCC, extrapolando ganhos pessoais e favorecendo interesses da facção”, aponta a denúncia do MP-SP. O esquema movimentou cerca de R$ 200 milhões, usados para comprar armas, pagar propinas, financiar festas e até criar uma poupança de R$ 1 milhão para custear a faculdade de medicina da filha de Latrell.

VEJA TAMBÉM:

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.