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Praia Grande

Polícia investiga ligação entre licitação de R$ 24 milhões e assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz

Preso por atacar 17 ônibus em SP é funcionário público há mais de 30 anos, diz polícia
Licitação que pode estar por trás da morte de Ruy Ferraz foi concluída duas semanas antes do assassinato. (Foto: Tânia Rego/Agência Brasil)

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Quase um mês após o assassinato, a Polícia Civil de São Paulo investiga se uma licitação da Prefeitura de Praia Grande, no valor de R$ 24,8 milhões, pode ter motivado a morte do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes. O crime foi no dia 15 de setembro, logo após o ex-delegado encerrar o expediente como secretário de Administração do município.

A polícia tenta entender se a morte tem ligação com o certame milionário que teve sessão pública do pregão eletrônico iniciado em 1º de setembro e foi encerrada no dia do homicídio. O processo tinha como foco a compra de equipamentos para ampliação do sistema de videomonitoramento e Wi-Fi da cidade, envolvendo sete lotes, três empresas habilitadas e várias propostas desclassificadas. O valor final da contratação ficou abaixo dos R$ 20 milhões iniciais.

A Polícia Civil considera a possibilidade de que o assassinato tenha sido uma represália à atuação de Ruy Ferraz na prefeitura, mas também não descarta ligação com o seu histórico de combate ao crime organizado, quando como delegado foi responsável por indiciar a cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC), incluindo Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.

Até o momento, oito pessoas foram identificadas como suspeitas de envolvimento direto ou indireto no crime. Quatro estão presas, três seguem foragidas, e um possível atirador morreu em confronto com a polícia no Paraná.

Paralelamente, cinco servidores da prefeitura, incluindo um subsecretário de Gestão e Tecnologia foram alvo de mandados de busca e apreensão. Na residência e um subsecretário, a polícia recolheu computadores, celulares, três pistolas, além de R$ 50 mil, US$ 10,3 mil e 1.135 euros. O subsecretário nega envolvimento e sua defesa disse que ele está à disposição das autoridades para colaborar.

A Prefeitura de Praia Grande afirmou que acompanha de perto as investigações e colabora fornecendo imagens, informações e outros materiais solicitados. O assassinato foi registrado em câmeras de segurança que flagraram três criminosos desembarcando de uma caminhonete logo atrás do carro do ex-delegado e atirando contra ele em menos de 40 segundos.

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