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Maior parte das armas foi recuperada em operações no Rio de Janeiro.
Maior parte das armas foi recuperada em operações no Rio de Janeiro.| Foto: Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro

Ao menos 45 homens da Polícia Militar de São Paulo e do Exército Brasileiro realizaram nesta quarta-feira (1º) mais uma operação para tentar localizar as últimas armas que foram desviadas do Arsenal de Guerra em Barueri, na Grande São Paulo. As metralhadoras foram furtadas no feriado de 7 de setembro, mas a falta delas só foi notada numa vistoria realizada no dia 10 de outubro. Desde então, uma "caçada" está em curso para a localização dos armamentos.

Nesta manhã, operação em Guarulhos (SP) cumpriu mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça Militar no Jardim Vila Galvão. A operação ali é a segunda somente nesta semana. Até o momento não houve confirmação se as armas foram encontradas. São metralhadoras calibre 50 capazes de derrubar aeronaves.

Antes da operação em São Paulo, nesta madrugada, a Polícia Civil e o Exército haviam apreendido outras duas metralhadoras e um fuzil no Rio de Janeiro. O fuzil não consta no arsenal desviado do Exército e terá a procedência averiguada. O armamento estava abandonado em um carro na Praia da Reserva, região oeste da cidade.

Das 21 metralhadoras vendidas ao crime organizado, duas seguem desaparecidas e são as que polícia e Exército tentam localizar em São Paulo. Todas as armas foram retiradas ilegalmente do quartel por militares e comercializadas ao Comando Vermelho (CV) e ao Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo revelaram as investigações.

Seis militares são investigados pelo desvio de 13 metralhadoras antiaéreas calibre 50 e de outras 8 calibre 7,62. O Exército pediu a prisão preventiva dos envolvidos, mas até o momento não houve manifestação da Justiça Militar. Na última semana, um cabo investigado, que teria dirigido o veículo oficial com o amamento para fora do quartel, apresentou um atestado de tratamento psiquiátrico e ficará afastado por sete dias.

Assim que houve a confirmação do crime, o Exército determinou que 480 militares ficassem aquartelados para que as investigações avançassem, com celulares apreendidos e depoimentos para o desenrolar do inquérito policial. Todos foram liberados.

Ao menos 23 militares estão respondendo processo administrativo por falhas na fiscalização. Eles não têm participação no sumiço das metralhadoras.

Ao longo dos mais de 20 dias de buscas, oito armas foram localizadas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro durante operações e nove foram localizadas em Carapicuíba, na Grande São Paulo.

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