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A Comissão de Educação, Cultura e Esportes da Câmara de Vereadores de São Paulo aprovou, nesta semana, o "Projeto Charlie Kirk", de autoria do vereador Rubinho Nunes (MDB). O texto prevê a inclusão na rede municipal de ensino de "conceitos dos perigos de governos autoritários e totalitários, visando oferecer aos alunos noções sobre as ameaças dos regimes nazista, fascista, socialista e comunista".
O vereador apresentou a proposta original em 2021 (PL 762/2021) e depois a rebatizou em homenagem ao ativista conservador americano Charlie Kirk. Nunes explicou ao jornal O Globo que escolheu o nome porque "simboliza o enfrentamento às narrativas que distorcem a história e a verdade
Na rede social X, o parlamentar comemorou a aprovação do projeto. "As escolas municipais vão ensinar os horrores do nazismo, fascismo, socialismo e comunismo. Sem doutrinação ideológica, nossos jovens precisam conhecer a verdade, baseada em fatos e documentos", escreveu Nunes.
O vereador Celso Giannazi (PSOL) manifestou oposição ao projeto, classificando-o como "ideológico" e argumentando que não atende às necessidades prioritárias da população paulistana. "É um projeto ideológico, tratando de temas da rede municipal, querendo colocar ideologia na rede municipal. O que a gente precisa é que a rede municipal ingresse novamente com as matérias de filosofia e sociologia", declarou o parlamentar.
Apesar da aprovação na comissão, ainda não há previsão para que o projeto seja votado em plenário da Câmara Municipal de São Paulo.
Morte trágica de Charlie Kirk inspira mudança de nome de projeto de lei em SP
Charlie Kirk, fundador da organização Turning Point USA e aliado próximo do presidente Trump, morreu no dia 10 de setembro após ser baleado no pescoço durante uma palestra na Utah Valley University (UVU), no estado de Utah. O influenciador de 31 anos estava palestrando durante sua turnê "American Comeback Tour" quando foi alvejado, com a família presente no momento do ataque.
Kirk era uma das vozes mais conhecidas do movimento conservador norte-americano e ganhou destaque por mobilizar jovens em defesa de pautas alinhadas a essa corrente política. Tornou-se figura recorrente em conferências e programas de televisão nos EUA, sendo um dos principais nomes da campanha republicana que culminou na vitória do presidente Donald Trump nas eleições do ano passado.
A partir da plataforma Turning Point, Kirk promoveu entre os estudantes princípios como a liberdade individual, o livre mercado e um governo limitado, além de defender valores cristãos. Sua influência no movimento conservador jovem americano e sua morte trágica inspiraram a escolha de seu nome para batizar o projeto educacional em São Paulo.
A morte de Kirk transformou-o em símbolo da luta conservadora contra o que seus seguidores consideram perseguição política ao pensamento de direita nas universidades americanas.
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