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A Corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo analisa nesta quinta (5) o processo disciplinar contra a vereadora Cris Monteiro (Novo-SP) por uma suposta fala considerada racista dada no final do mês de abril. O relator, Marcelo Messias (MDB-SP), recomendou a rejeição da ação e o seu arquivamento.
A representação foi protocolada pela vereadora Luana Alves (PSOL-SP) após Cris Monteiro disparar contra manifestantes, durante uma audiência, que “incomoda” por ser uma “mulher branca, bonita e rica” falando. “Mas, eu tô aqui representando uma parte importante da população”, disse.
Messias afirmou no parecer que não houve dolo específico da vereadora em promover discriminação, já que a fala foi seguida de uma retratação. Por conta disso, não haveria prejuízo à imagem da Câmara.
A suposta declaração racista ocorreu no momento em que a vereadora discursava na votação do projeto de reajuste salarial para servidores públicos da prefeitura. Sindicatos e associações acompanharam a audiência para protestar contra o parcelamento do reajuste e os valores abaixo da inflação.
O presidente da Câmara Municipal, Ricardo Teixeira (União Brasil), afirmou à época que a Casa “não permite racista” e que, ao rever a gravação da audiência, não encontrou indícios de discriminação.
“Nós vimos e revimos várias vezes o vídeo. Na nossa opinião, não houve racismo”, afirmou.
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Cris Monteiro já esteve envolvida em outra polêmica. Em 2021, ela protagonizou um episódio de agressão com a então vereadora Janaína Lima, à época também filiada ao Novo. O conflito ocorreu nos bastidores de uma sessão sobre a reforma da Previdência, quando as duas trocaram empurrões no banheiro ao lado do plenário.
Um relatório da Corregedoria recomendou, na época, a suspensão das funções legislativas de ambas as vereadoras, mas a ação disciplinar acabou não avançando no plenário.








