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Secretário da Segurança Pública de SP, Guilherme Derrite, cobra empenho das outras pastas estaduais na questão da cracolândia.
Secretário da Segurança Pública de SP, Guilherme Derrite, cobra empenho das outras pastas estaduais na questão da cracolândia.| Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Uma das promessas de campanha do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é acabar com a cracolândia, que perdura por mais de três décadas no centro da capital paulista. Em entrevista exclusiva para a Gazeta do Povo, o secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite, cobrou empenho de outras pastas para ajudar na resolução do problema.

“É possível acabar com a cracolândia, mas é preciso ter energia e um esforço de todas as pastas. A energia que a Secretaria da Segurança Pública está colocando nunca foi vista antes”.

Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo.

Derrite citou as áreas que podem colaborar mais no combate a cracolândia. “Outras áreas como saúde e assistência social desejamos que tenham o mesmo sucesso que a segurança. A polícia responde de forma mais rápida, estamos acostumados a lidar com crise. As outras pastas, às vezes, não têm o mesmo tempo-resposta, empenho e dedicação. Se colocarem a mesma energia que a segurança, a chance é real de resolver a cracolândia”.

Na região central da capital paulista, a Secretaria da Segurança Pública diz que prendeu 1,4 mil criminosos, sendo 600 traficantes, além de mais de meia tonelada de droga apreendida, desde o início do ano.

Derrite lembrou que a Polícia Civil prendeu o traficante mais procurado da região do centro. “Prendemos o maior abastecedor de drogas da cracolândia, integrante do PCC. Estamos tendo um retorno muito positivo da população que mora no centro e dos comerciantes”, avalia ele.

O secretário refutou a narrativa de “enxugar gelo” no local, mas admitiu que muitas vezes o criminoso é preso e a Justiça solta dias depois. “Tivemos um caso de uma operação em que prendemos vários criminosos. Dois dias depois prendemos alguns que já havíamos prendido dias antes. É um problema de legislação e de interpretação da autoridade que concede para o criminoso responder em liberdade”, diz Derrite.

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