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Dano ao patrimônio e pichação

Supostos integrantes do MST que vandalizaram sede do PL serão indiciados

Sede do Partido Liberal (PL), em São Paulo, foi alvo de atos de vandalismo
Ataque foi reivindicado pelo MST e fez parte de protestos no Dia Mundial do Meio Ambiente (Foto: Luisa Purchio/Gazeta do Povo)

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A Polícia Civil identificou e vai indiciar todos os envolvidos no ato de vandalismo do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) contra a sede estadual do Partido Liberal (PL) em São Paulo, ocorrido no dia 5 de junho. Os participantes responderão por crime de dano ao patrimônio público e pichação.

Parte dos envolvidos reside em uma cidade próxima à capital paulista, motivo pelo qual foi enviada uma carta precatória para a coleta dos depoimentos locais. Após o retorno desse documento, os indiciamentos serão formalizados e o inquérito encaminhado ao Ministério Público.

Por envolver crimes de menor potencial ofensivo, o caso deve resultar em sanções leves para os investigados, como transação penal ou um acordo de não persecução penal. Embora o MST tenha divulgado o ato nas redes sociais da organização, os participantes alegaram, em depoimento, que as ações foram realizadas como forma de protesto e negaram ligação formal com qualquer movimento social ou partido político.

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Câmeras e registros de veículos levaram à identificação dos autores

A identificação dos envolvidos ocorreu após análise de câmeras de segurança instaladas no local e do registro dos veículos usados na ação. O grupo chegou ao prédio do PL, localizado na avenida República do Líbano, em duas vans alugadas, que foram estacionadas em uma rua próxima.

Disfarçados com máscaras, bonés e bandeiras, alguns com o símbolo do MST, os manifestantes lançaram ovos, tinta vermelha e lama no local, danificando o totem com a inscrição “Partido Liberal – O povo brasileiro fez do PL o maior partido do Brasil”. Além disso, deixaram uma faixa com a mensagem: “o PL é inimigo da natureza”.

As imagens das câmeras de segurança possibilitaram a identificação das vans, levando a polícia à empresa de aluguel responsável pelos veículos. A empresa forneceu uma lista dos passageiros às autoridades, facilitando a identificação dos suspeitos.

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Vandalismo à sede do PL em São Paulo ocorreu durante manifestação do MST no Dia Mundial do Meio Ambiente

O episódio aconteceu durante uma mobilização da Juventude Sem Terra, organizada pelo MST, no Dia Mundial do Meio Ambiente, data reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU). O ato fazia parte da Jornada Nacional em Defesa da Natureza e seus Povos, organizada pelo movimento.

Na ocasião, viaturas e motos da Polícia Militar (PM) e da Divisão de Investigações sobre Infrações de Maus Tratos a Animais e demais Infrações contra o Meio Ambiente (DPPC) da Polícia Civil foram ao local para apurar o caso. Boletins de ocorrência foram registrados tanto pela PM quanto pela Polícia Civil.

O MST fez publicações no site e na rede social X assumindo o ato e justificou a ação como uma denúncia contra o PL e outros partidos de direita, acusando-os de apoiar o que chamaram de “pacote da destruição” – uma série de propostas legislativas que, segundo o MST, visavam a flexibilização de leis ambientais no país.

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