O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), descartou a possibilidade de substituir seu secretário de Educação, Renato Feder, e o classificou como “preparadíssimo, estudioso, entusiasmado e idealista” ao jornal O Estado de S.Paulo. Feder foi alvo de críticas após abrir mão de receber 10 milhões de livros didáticos disponibilizados pelo Ministério da Educação (MEC) para o ano letivo de 2024.
“Não é uma decisão desarrazoada. Só foi mal comunicada. Ela faz muito sentido. Tem uma lógica que eles não souberam explicar”, defendeu o governador. Segundo ele, os alunos terão acesso a slides projetados pelos professores em sala de aula e um livro didático impresso com o conteúdo aprofundado.
“Vamos imprimir centralizadamente e distribuir esse material para as escolas. Então, o aluno vai ter o tablet e o material impresso disponíveis. Vai no gosto do freguês”, disse Freitas.
O governo paulista não pagaria nada pelo material didático oferecido pelo MEC, que seria comprado e entregue pelo governo federal. Após o secretário de Educação anunciar que recusaria os exemplares, o Ministério Público de São Paulo abriu inquérito para investigar o custo e a qualidade do material que o governo Tarcísio quer usar.
Na sexta-feira (4), o Estadão revelou que Feder é investigado por conflito de interesses em razão de contratos de mais de R$ 75 milhões que sua secretaria mantém com a Multilaser para compra de 97 mil notebooks para a rede pública estadual. Ele é sócio de uma offshore que possui 28,16% das ações da empresa.
Sobre os contratos, o governador disse que o governo de São Paulo “já comprava Multilaser antes da sua gestão e seu governo não comprou nada da empresa”.
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