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Danilo Campetti é ex-assessor de Tarcísio e pode se beneficiar com a mudança no secretariado.
Danilo Campetti é ex-assessor de Tarcísio e pode se beneficiar com a mudança no secretariado.| Foto: Reprodução/Instagram Danilo Campetti

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), planeja trocar o secretário estadual do Turismo, Roberto de Lucena (Republicanos), por um deputado do partido na Assembleia Legislativa do estado de São Paulo (Alesp). Com a mudança, o primeiro suplente do partido, Danilo Campetti, assumiria uma cadeira no Poder Legislativo paulista.

Campetti é agente da Polícia Federal (PF) e ex-assessor do governador de São Paulo. O policial foi afastado das funções na corporação no último mês, depois de a PF julgar como irregular a utilização do distintivo durante uma troca de tiros na favela do Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, na campanha eleitoral de 2022. O agente também teve a arma funcional retirada pela corporação.

Campetti ficou conhecido no cenário nacional após realizar a condução coercitiva do presidente Lula (PT), em 2015, e na prisão do petista, em 2018. Parlamentares da direita afirmam que as decisões da PF são perseguição política atribuídas ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

Desde o afastamento do policial, Tarcísio tem articulado para promover uma troca no secretariado e, assim, abrir uma vaga para Campetti na Alesp. A mudança ainda não foi sacramentada, pois o atual titular da pasta do Turismo tem prestígio no governo estadual e, de acordo com apuração da Gazeta do Povo, ainda não foi decidido para onde ele iria após ser exonerado.

A reportagem da Gazeta do Povo também apurou que a preferência para assumir a pasta do turismo é pelo líder do Republicanos na Alesp, o deputado Altair Moraes. Lucena e Moraes são pastores da Igreja Universal do Reino de Deus e pertencem ao mesmo grupo político liderado pelo presidente da sigla, o deputado federal Marcos Pereira.

Tarcísio pode promover minirreforma no secretariado

O governador não tem escondido a insatisfação com a condução de algumas pastas na administração pública de São Paulo. Além da troca estratégica na pasta do Turismo, Tarcísio já cogitou mudanças como na Secretaria de Negócios Internacionais e na Secretaria da Educação.

Na pasta da Educação, Tarcísio defende a manutenção de Renato Feder, mas foi muito pressionado a trocá-lo após polêmicas envolvendo, por exemplo, a escolha pelo material didático nas escolas paulistas. Nos bastidores, Tarcísio argumentou que não faria como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de "trocar o titular da pasta a cada seis meses por pressão ideológica".

A Secretaria de Negócios Internacionais também foi alvo de críticas de Tarcísio ao longo dos primeiros seis meses da gestão. Neste caso, a intenção do governador não era trocar o responsável, Lucas Ferraz, mas sim extinguir a pasta, com o objetivo de enxugar a máquina pública.

Após encontros bilaterais com líderes mundiais projetando o nome do governador, Tarcísio desistiu da ideia e mantém a secretaria. Já a troca na pasta do Turismo deve ocorrer até o fim do ano.

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