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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB-SP), afirmou nesta quarta (2) que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) não tentará disputar a presidência da República em 2026, e que acredita que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) conseguirá reverter a condenação à inelegibilidade.
De acordo com ele, Tarcísio seguirá com o projeto de reeleição ao governo do estado, e que não deixará a prefeitura paulistana para tentar outro cargo no ano que vem.
“O momento é de dizer que eu pretendo ficar os quatro anos, que o Tarcísio me disse ontem (terça, 1º) para dizer que a pretensão dele é disputar a reeleição e que ele acredita muito que o presidente Bolsonaro vai conseguir reverter e deve ser candidato a presidente”, disse o prefeito em um evento na capital.
O nome de Ricardo Nunes começou a ser ventilado recentemente para disputar o governo do estado caso Tarcísio tente a candidatura à presidência da República se Bolsonaro não conseguir reverter a inelegibilidade. No entanto, de acordo com ele, o foco é seguir na prefeitura.
“[Tarcísio] falou que vai continuar trabalhando no governo do Estado, para a sua reeleição, e eu vou continuar trabalhando pela população da cidade de São Paulo. A gente vai trabalhar em conjunto e não vai falar de eleição. Nós vamos cuidar de governar, fazer nossas entregas e cumprir aquilo que a gente tinha pactuado com o eleitor”, completou.
Nunes aproveitou o evento para criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na esteira da nova pesquisa Quaest divulgada mais cedo e que mostra a queda livre da popularidade do petista.
Para ele, o aumento da desaprovação ocorre principalmente por conta de falas recentes sobre as mulheres, a equipe ministerial e a economia.
“A gente vê algumas falas, alguns comportamentos, como dizer que a mulher não serve para ser dona de casa porque a dona de casa é alguma coisa ruim, pejorativa. Então são falas que vão desconectando daquilo que a população tinha no presidente como referência de alguém que representaria o povo do Brasil”, disparou emendando, ainda, os altos juros e o que seria uma “gastança muito grande” do governo.
Ele ainda não poupou críticas à ministra Gleisi Hoffmann, das Relações Institucionais, que seria avessa ao diálogo. Para ele, “é impossível” que Lula se reeleja “com esse tipo de política que está conduzindo”.
“Tem muitas questões que no país não estão indo bem por conta da condução do governo”, completou.
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Na mais recente pesquisa de opinião para a eleição presidencial de 2026, Lula e Tarcísio aparecem tecnicamente empatados dentro da margem de erro, com 24% das intenções de voto. Já em uma disputa com Bolsonaro, Lula teria 23,5%, enquanto que o ex-presidente aparece com 40,3%.








