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O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu, na manhã deste sábado (18), o tenente Fernando Genauro da Silva, 33 anos, do 23º Batalhão de Polícia Militar. O oficial da PM é acusado de dirigir o carro usado no homicídio do empresário Vinícius Gritzbach, conhecido como delator do PCC.
Com a prisão de Genauro, sobe para 15 o número de policiais militares detidos por suspeita de envolvimento no crime, ocorrido no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em 8 de novembro do ano passado. A Justiça determinou a prisão temporária do tenente por 30 dias no Presídio Romão Gomes, da Polícia Militar.
Na quinta-feira (16), o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), em parceria com a Polícia Civil e a Corregedoria da PM, realizou uma operação que resultou na prisão de 15 policiais. Segundo apuração da Gazeta do Povo, entre os detidos está o cabo Dênis Antônio Martins, 40 anos, acusado de ser um dos executores de Gritzbach.
Inicialmente, os investigadores acreditavam que o tenente Genauro havia vazado informações do Comando de Operações da PM (Copom) para facilitar a fuga dos envolvidos. No entanto, as apurações avançaram e apontaram que ele dirigiu o Gol preto usado para a retirada do grupo após o crime.
Em nota enviada à Gazeta do Povo, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que identificará todos os envolvidos na morte do delator do PCC. "A SSP ressalta que as forças de segurança do estado são instituições legalistas e que nenhum desvio de conduta será tolerado. A força-tarefa criada para investigar o crime segue em diligências para identificar e punir todos os envolvidos. Nos últimos dias, 17 pessoas foram presas, entre elas, 15 policiais militares".
Justiça mantém prisão de 14 policiais por suspeita de participação em execução de delator PCC
Os 14 policiais detidos na quinta-feira (16) por suspeita de envolvimento na execução de Vinícius Gritzbach seguirão presos. Após audiência de custódia realizada nesta sexta-feira (17), no Presídio Militar Romão Gomes, a Justiça Militar decidiu manter as prisões preventivas.
Além do envolvimento no assassinato, os policiais são investigados por possíveis ligações com o PCC. O corregedor da PM de São Paulo, coronel Fábio Sérgio do Amaral, afirmou que há evidências de que eles sabiam do envolvimento de Gritzbach com a facção criminosa.
“Alguns estavam trabalhando naquele dia, outros atuaram em datas diferentes. Alguns sequer exerciam a função de segurança, mas sim atividades administrativas. [Gritzbach] Era réu e delator por envolvimento com lavagem de dinheiro para o PCC. Os policiais tinham conhecimento disso e, mesmo assim, participaram conscientemente da segurança pessoal dele”, declarou o coronel.
A reportagem não localizou a defesa de Fernando Genauro da Silva e Dênis Antônio Martins. O espaço segue aberto para manifestações.
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