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Pandemia

Cadeia tem 22 casos suspeitos de gripe suína

Polícia não consegue isolar casos dentro da delegacia. Confinamento aumenta chances de contaminação pelo novo vírus

Goioerê - A epidemia da gripe A (H1N1), conhecida como gripe suína, chegou à delegacia de Goioerê, na Região Centro-Oeste do estado. Há dezenas de casos suspeitos da doença entre os presos. A gripe está obrigando os detentos a usarem máscaras na carceragem que deveria abrigar 32 detentos, mas está superlotada, com 85 pessoas. Por conta do aumento de casos suspeitos, a visita de familiares foi suspensa por tempo indeterminado.

A chegada da gripe a delegacias e cadeias sempre foi uma preocupação das autoridades sanitárias, já que, em ambientes de confinamento e superlotados, as pessoas não têm como evitar o contato com os doentes e o vírus se propaga mais rapidamente.

No início da semana, uma equipe de enfermeiros e de médicos da secretaria municipal de Saúde atendeu 22 presos, recolheu secreção de 5 e medicou com Tamiflu 15 pacientes que apresentavam sintomas mais acentuados da doença. "Há um surto da nova gripe na delegacia e todas as medidas preventivas estão sendo tomadas", disse a secretária de Saúde, Melisa Dias Detofol, que solicitou ao delegado a limpeza e desinfecção diária da carceragem, isolamento dos presos com sintomas da gripe, uso de máscaras e higiene pessoal com álcool em gel.

"A orientação é para isolar os detentos, mas não há espaço por conta da superlotação. O município forneceu máscaras, mas não tem condições de fornecer novas unidades, que devem ser substituídas a cada quatro horas, para todos os detentos; o estado vai ter de comprar", afirmou Melisa. Segundo ela, o surto na delegacia foi descoberto após vários detentos apresentarem sintomas acentuados da gripe. "Eles foram encaminhados a um posto de saúde da cidade apresentando tosse, dor de garganta, febre e dor no corpo".

Para evitar novos casos suspeitos, funcionários da delegacia colocaram ontem cartazes nas paredes internas da carceragem e distribuíram novas máscaras aos detentos com sintomas da doença.

Conforme o chefe de carceragem, Valdinei Lima Arabal, caso se­­jam confirmados os casos da nova gripe entre os detentos, na delegacia não há espaço para isolá-los. "Todas as medidas preventivas estão sendo tomadas para evitar a contaminação dos presos, mas a delegacia não tem um local para abrigar os presos com a nova gripe". De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Segurança Pública, logo após os primeiros casos da nova gripe no estado, o Departamento da Polícia Civil tomou medidas cautelares e preventivas em todas as carceragens do estado. "As medidas in­­cluem constantes avaliações médicas dos presos, coleta de material para exame laboratorial e isolamento do detento caso seja detectada a suspeita da doença".

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