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DST

Cresce a procura pelas vacinas contra o HPV

A doença pode causar alguns tipos de câncer e somente duas vacinas podem combatê-la

“A relação do HPV com o câncer de ânus e de colo de útero é tão grande que a vacina contra o vírus pode ser considerada a primeira contra o câncer a ser descoberta.” Carlos Maestri, ginecologista e mastologista, responsável pela patologia do colo do útero do Hospital Erasto Gaertner |
“A relação do HPV com o câncer de ânus e de colo de útero é tão grande que a vacina contra o vírus pode ser considerada a primeira contra o câncer a ser descoberta.” Carlos Maestri, ginecologista e mastologista, responsável pela patologia do colo do útero do Hospital Erasto Gaertner (Foto: )

O combate à infecção do HPV tem um forte aliado, a vacina. Mesmo com preços elevados e a falta de previsão do Ministério da Saúde em incluí-la no calendário público, a procura pela imunização subiu em Curitiba. Isabel Mioto, administradora da clínica Ceva­cine, diz que neste ano a demanda tem crescido quase 100%. "As mulheres estão tomando conhecimento da importância dela e procurando mais se imunizar", diz.

O papilomavirus humano (HPV), é uma infecção causada por um grupo de vírus com mais de cem variações. Provoca lesões na pele ou na mucosa, podendo resultar em verrugas genitais, no dedo, ânus e colo do útero. Alguns desses vírus não são nocivos ao ser humano, enquanto outros são responsáveis pelo desenvolvimento de alguns tipos de câncer.

Atualmente, várias vacinas estão sendo desenvolvidas e testadas, mas no mercado há apenas duas disponíveis, a Bivalente (Cervalix) e a Quadrivalente (Gardasil). A diferença está no preço – entre R$ 200 e R$ 350 a dose ( ambas precisam de três aplicações para fazer efeito)– e nos resultados. Ambas protegem contra dois tipos de vírus cancerígenos e apenas a última protege contra dois vírus causadores de verrugas genitais.

Por enquanto, a vacina é recomendada apenas para mulheres, o que se justifica pelo fato de a incidência do câncer de colo de útero e de vulva serem muito superiores aos de ânus e pênis. "Mas estudos têm comprovado a importância da Quadrivalente, que em breve deverá ter seu alcance ampliado ao sexo masculino", diz o responsável pelo Setor de Patologia do colo do útero do Hospital Erasto Gaertner, o mastologista e ginecologista Carlos Maestri.

Ocorrência

Maestri diz que 90% dos casos de câncer de ânus e 98% dos casos de câncer de colo de útero têm relação com o HPV. "A ligação do vírus com este tipo de câncer é tão grande que estas podem ser consideradas as primeiras vacinas contra câncer", afirma.

Além da vacina, outros fatores já conhecidos auxiliam na prevenção da infecção pelo HPV. Maestri explica que ter um parceiro fixo e usar preservativos diminuem a possibilidade de transmissão, mas não a anula, por não ser necessária a penetração para haver o contágio. Ele alerta ainda que a vacina imuniza o indivíduo contra esses dois vírus mais importantes, mas não contra todos, que passam de uma centena. "É preciso que a mulher continue fazendo os exames preventivos como o papanicolau", diz o mastologista e ginecologista.

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