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Saúde

Dúvidas marcam início da 2.ª fase da vacinação contra gripe A

Municípios do interior do Paraná e do Rio de Janeiro registraram problemas na entrega da vacina

Gestantes, doentes crônicos e crianças de 6 meses a 2 dois anos serão vacinados até 2 de abril | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Gestantes, doentes crônicos e crianças de 6 meses a 2 dois anos serão vacinados até 2 de abril (Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo)

O primeiro dia da segunda etapa da vacinação contra a gripe A (H1N1) foi marcado por dúvidas da população e problemas nas distribuição das doses, em municípios do interior do Paraná e no Rio de Janeiro. O principal problema, ontem, foi na entrega da vacina especial para as gestantes, que recebem doses sem adjuvantes (potencializadores da ação da vacina). Até o dia 2 de abril, gestantes, crianças de 6 meses a 2 anos e doentes crônicos (exceto idosos) serão vacinados. Nesta fase devem ser imunizados 20,3 milhões de pessoas no Brasil.

No Paraná, houve atraso na distribuição da vacina em Londrina, no Norte do estado, em algumas unidades de saúde de Cascavel, na região Oeste, e em Umuarama, no Noroeste. Em Londrina, gestantes que procuraram algumas unidades básicas de saúde, na manhã de ontem, foram surpreendidas com a informação de que só haverá vacinas na próxima semana. O chefe da 17ª Regional de Saúde, Adilson de Castro, porém, afirmou que as doses estavam disponíveis para a retirada desde as 14h da sexta-feira e que Londrina "optou por retirá-las" apenas na manhã de ontem. A gerente de Epidemiologia da Secretaria de Saúde, Sandra Caldeira, disse que não poderia conversar com a reportagem.

Outro problema, ocorrido em Cascavel, foi a exigência de atestados médicos aos doentes crônicos para a aplicação da vacina, segundo informações da RPCTV. A orientação do Mi­­nistério da Saúde é que a pessoa apenas declare que tem uma doença crônica para ser imunizada (veja relação de doenças nessa página).

Em Curitiba, o atestado médico não foi exigido e a vacinação ocorreu normalmente, mas foi marcada por dúvidas da população.

Houve quem foi ao posto de saúde, mas perdeu a viagem. "Vi na televisão sobre a campanha e não consegui tomar nota das datas. Achava que ia começar hoje", disse a dona de casa Olenir Janoski, 73 anos. A pensionista Rosy Koehler também teve que voltar sem a vacina. "Vou para Paris e queria tomar a vacina agora, caso dê alguma reação".

Outra dúvida comum ontem na capital paranaense era em relação ao limite de idade das crianças incluídas na campanha. A dona de casa Marilda Bender levou a filha de 2 anos e 8 dias à unidade Mãe Curitibana. Mas, ao chegar lá, descobriu que a menina não poderia receber a vacina. "Falaram que só vacinam as crianças com 1 ano 11 meses e 29 dias", afirmou a mãe. "Mas a gripe não vai dizer para a minha filha ‘você tem mais de 2 anos, não vou bater em você’."

Pelo país

Dois terços dos municípios do Rio de Janeiro deixaram de iniciar ontem a imunização de grávidas contra a gripe suína. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, as doses para gestantes só chegaram na tarde de quinta-feira passada e não houve tempo hábil para que todos as prefeituras buscassem o medicamento na capital. A vacinação de crianças e doentes crônicos ocorreu normalmente.

Em nota, o Ministério da Saúde se referiu aos problemas como pontuais e informou que todas as pessoas que estão nos grupos prioritários serão vacinadas. "Pelo ineditismo e tamanho dessa operação de vacinação – que pretende imunizar até 91 milhões de pessoas em menos de três meses em todo o país –, é possível que haja alguns problemas pontuais de logística. Mas é preciso tranquilizar a população: todos que estão nos grupos prioritários serão vacinados."

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