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Fórmula: OMS quer H1N1 na vacina anual

Londres - A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a vacina contra a gripe suína seja adicionada às vacinas contra gripe da próxima estação. A pandemia da gripe A surgiu no ano passado, depois que as vacinas para gripe já tinham sido produzidas. Uma vacina separada teve de ser fabricada. Para a temporada de gripe deste ano no Hemisfério Norte, porém, as duas vacinas devem ser combinadas, disse ontem o diretor-adjunto da OMS, Keiji Fukuda, depois de uma reunião da agência para decidir que cepas de gripe seriam recomendadas para a fabricação de vacinas. Mas incluir a proteção contra a gripe suína na vacina comum para gripe não significa que a pandemia chegou ao fim. Michael Osterholm, da Universidade de Minnesota, disse que no passado vírus pandêmicos causaram surtos da doença até três anos depois de seu aparecimento.

Agência Estado

O boletim epidemiológico divulgado ontem pela Secretaria de Estado da Saúde demonstra que o vírus da gripe A(H1N1), co­­nhecida como gripe suína, continua circulando no Paraná e fazendo vítimas. O levantamento aponta que, nos últimos 30 dias, quatro pessoas morreram e 6.948 novos casos foram confirmados. Desde o início da epidemia, em abril de 2009, o Paraná já registrou 63.893 casos da doença, dos quais 294 terminaram com a morte do paciente.

As regiões com maior número de casos confirmados são Curitiba e região metropolitana (15.577 registros), Londrina (9.689), Maringá (7.848), Cascavel (4.575), Cornélio Procópio (3.699), Pato Branco (3.553) e Francisco Beltrão (3.457). O boletim mostra ainda que o índice de óbitos é maior entre as mulheres, com 55%. A faixa etária em que houve mais mortos é dos 20 aos 49 anos, com mais de 69% dos óbitos verificados no Paraná.

Vacinação

No estado, 3,3 milhões de pessoas deverão ser imunizadas contra a gripe A. Assim como no restante do país, a vacinação será feita em quatro etapas, atendendo a grupos prioritários definidos a partir da análise da situação epidemiológica brasileira e de critérios estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde.

Na primeira etapa da campanha, serão vacinados os trabalhadores da rede de atenção à saúde e a população indígena, entre 8 e 19 de março. Na segunda etapa, prevista para ocorrer entre 22 de março e 2 de abril, serão vacinados doentes crônicos, gestantes e crianças com idades entre 6 meses a 2 anos. Entre 5 e 23 de abril, na terceira fase, será imunizada a população jovem de 20 a 29 anos. E por fim, de 24 de abril a 7 de maio, os idosos que sofram de alguma doença crônica receberão dose da vacina.

As vacinas estarão disponíveis em 2 mil Unidades Básicas de Saúde distribuídas em todo o Paraná, além de postos móveis definidos pelos próprios municípios. Em todo o Brasil a expectativa é vacinar pelo menos 62 milhões de pessoas. Quem não se enquadra nos critérios estabelecidos poderá obter a vacina em clínicas particulares. Nesses locais não haverá um cronograma e a oferta será avaliada de acordo com a demanda. As doses do Ministério da Saúde não podem ser vendidas, mas clínicas do Paraná estão importando a vacina de laboratórios de outros países.

Matéria veiculada pelo telejornal ParanáTV, da RPC TV, mostrou que as doses começaram a ser importadas no fim de 2009. Só uma das clínicas comprou 20 mil vacinas contra a gripe A e a gripe comum. O produto deve começar a chegar em março e o custo estimado está em torno de R$ 60.

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