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O calendário letivo de 2010 em 1.950 escolas particulares do estado deve ser alterado em função de novas ocorrências de picos da pandemia da gripe A (H1N1) previstas para ocorrer no ano que vem. O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino no Paraná (Sinepe-PR) recomenda que o ano letivo inicie uma semana mais cedo e antes do carnaval, em 8 de fevereiro, e termine mais tarde, em 10 de dezembro. As férias de julho também serão maiores, com três semanas, e devem ocorrer entre 5 e 23 de julho do ano que vem.

A recomendação do sindicato foi feita após um consenso entre cerca de 90 representantes de instituições de ensino particulares na segunda-feira em uma reunião em Curitiba. De acordo com o presidente do Sinepe-PR, Ademar Ba­­tista Pereira, a ideia é planejar o calendário escolar com mais flexibilidade, na tentativa de minimizar transtornos parecidos com os ocorridos neste ano, quando as férias de julho tiveram de ser esticadas, em média, por duas semanas, para prevenir o aumento no número de casos da doença. "Sabemos que a pandemia não tem hora marcada. Mas decidimos fazer as férias escolares de julho em bloco e temos uma semana a mais que o mínimo legal para eventuais emergências", diz.

As escolas têm autonomia para decidir se acatam ou não a recomendação. Nos colégios Dom Bosco, a orientação do sindicato será colocada em prática. "Espe­ramos que não seja necessário parar com as aulas, mas o trabalho de orientação e prevenção continuará a ser feito", diz a diretora geral, Lucélia Secco. Nas escolas do grupo Bom Jesus a recomendação também será seguida, segundo informou a assessoria de imprensa.

Já nas escolas do grupo Posi­tivo, o calendário letivo ainda es­­tá em fase de aprovação. Na Uni­versidade Federal do Paraná (UFPR), a definição sairá até o fim de novembro, após aprovação do calendário pelo Conselho de Pesquisa e Extensão, segundo informou o vice-reitor, Rogério Mulinari. "Com certeza essa questão será considerada", diz.

De acordo com o presidente da Sociedade Paranaense de Infec­tologia, Alceu Pacheco Júnior, é importante que as escolas pensem na possibilidade de flexibilização do calendário. "Vamos ter picos da doença. Um já deve ocorrer no início do ano. Não teremos vacina suficiente para todos e a prevenção deve continuar", diz. Nas redes públicas estadual e municipal de ensino ainda não houve definição sobre as datas do próximo ano letivo.

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