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Escolha o adoçante

 | Daniel Derevecki/ Gazeta do Povo
(Foto: Daniel Derevecki/ Gazeta do Povo)

Inicialmente usados por diabéticos, os adoçantes não calóricos se popularizaram entre pessoas que querem emagrecer ou simplesmente evitar as calorias do açúcar. Com o desenvolvimento da indústria, o mercado foi invadido por diferentes tipos – encontrados na forma líquida, de pó e de tabletes – e eles hoje estão presentes em boa parte dos alimentos que consumimos.

Não está provado que o uso faz mal à saúde, já que ele é recente, mas seu consumo não deve ser indiscriminado, orienta a professora do curso de Nutrição da PUCPR Gisele Raymundo. Veja quais são os tipos mais encontrados no mercado, compare e faça a sua escolha:

Stévia

Obtido a partir da planta stévia rebaudiana, encontrada na fronteira do Brasil com o Paraguai, é um adoçante natural e não tem restrições em relação ao uso. Pode adoçar até 300 vezes mais que o açúcar. "A stévia geralmente é utilizada por pessoas que buscam produtos mais naturais. É como se fosse o açúcar mascavo dos adoçantes", explica a engenheira de alimentos Gisele de Carvalho Döll, gerente da linha de produtos dietéticos Bioslim. A coloração é mais escura e a stévia também deixa um sabor residual amargo. Pode ser encontrada em chicletes, gelatinas e pudins.

Acesulfame-K

Empregado principalmente em bebidas e adoçantes de mesa, é um adoçante resistente ao armazenamento prolongado e suporta altas temperaturas. "Ele passou a ser muito utilizado nas décadas de 1980 e 1990, mas geralmente é empregado em combinação com outros adoçantes", lembra a professora Gisele. Disponível em pó ou na forma líquida, deve ser evitado por pessoas com problemas renais, pois possui potássio na sua composição. Uma das características é o gosto residual amargo que ele deixa no paladar.

Sucralose

É obtido a partir do açúcar e o que menos tempo vem sendo usado pela indústria. Ainda não há restrições sobre o seu uso. Dos adoçantes não calóricos a sucralose é o mais caro. "Ela tem o poder de adoçar até 600 vezes mais que o açúcar. E,tem um gosto agradável", explica a engenheira de alimentos Gisele de Carvalho Döll. Ela diz que a sucralose aos poucos está substituindo o aspartame e já pode ser encontrado em sucos, aromatizantes, molhos prontos e como adoçante de mesa na forma líquida.

Sacarina/Ciclamato

O primeiro dos adoçantes não calóricos a ser utilizado pela indústria é uma mistura entre sacarina e ciclamato é é uma das opções mais baratas do mercado. O composto pode ser encontrado em adoçantes de mesa, pudins, geleias, iogurtes e gelatinas, além de outros produtos industrializados voltados para diabéticos. Uma desvantagem é que o adoçante deixa um sabor residual amargo se usado em grandes concentrações. Tem um grande poder adoçante (a sacarina adoça aproximadamente 200 vezes mais que o açúcar e o ciclamato 30 vezes mais). Em alguns países, como Inglaterra e Japão, o uso do ciclamato é proibido, por se acreditar que ele pode ter relação com o surgimento de células cancerígenas, o que até o momento não foi comprovado. Não é indicado para hipertensos por ter sódio na composição.

Aspartame

É comum em refrigerantes e bastante usado como adoçante de mesa. Mesmo sendo calórico, é classificado como não calórico por ter grande potencial adoçante – 180 vezes mais que o açúcar. Por alguns anos seu uso foi colocado em dúvida por suspeitas de causar câncer, mas a Anvisa garantiu que sua utilização é segura. "Ele é mais caro que a sacarina ou o acesulfame-K, mas não tem um sabor residual amargo tão forte como eles", diz Gisele Raymundo, professora do curso de Nutrição da PUCPR. Uma característica que restringe seu uso é o fato de ser sensível ao fogo e perder o seu poder adoçante se exposto a temperaturas superiores a 70 graus C. Pode ser encontrado em pó, líquido ou tablete. É contraindicado para grávidas, pois pode fazer com que o bebê desenvolva a fenilcetonúria, uma doença genética que causa retardo mental. É também contraindicado para portadores desta doença.

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Para saber a quantidade que você pode consumir, multiplique seu peso pelas medidas indicadas.

Fonte: Gisele Raymundo, professora da PUCPR.

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