• Carregando...

Genebra - O próximo inverno na América do Sul será decisivo para determinar se a pandemia da gripe A(H1N1), conhecida como gripe suína, chegou ao fim. A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou ontem que irá esperar até o próximo inverno no Hemisfério Sul do planeta para decidir se declara o fim do nível máximo de alerta. Margaret Chan, diretora da OMS, insistiu que, apesar do impacto apenas moderado da nova doença, ainda seria "prematuro" anunciar o fim da pandemia e que a doença apenas seria completamente controlada em 2011.

Oito meses depois de causar pânico e muita preocupação, a gripe matou 12 mil pessoas em todo o mundo, taxa considerada baixa. Governos europeus se apressaram em comprar mais vacinas. Mas agora uma parte grande dos estoques está encalhando. A própria diretora da OMS, em resposta a uma pergunta da reportagem, admitiu que nem ela mesmo havia se vacinado, apesar das inúmeras campanhas de governos e da própria entidade. Apenas prometeu que o faria.

O vírus circula com maior facilidade durante o inverno e a OMS havia anunciado em abril que a doença poderia circular pelo mundo durante dois anos em seu estado de pandemia. Mas o medo começa a se desfazer. Na segunda-feira, o governo da Holanda declarou o fim da epidemia no país.

Segundo Chan, serão dois testes para declarar o fim da pandemia. O primeiro seria o fim do inverno no Hemisfério Norte. A OMS quer observar se uma terceira onda da doença não atingirá Europa e Estados Unidos. O teste final seria na América do Sul.

"Acho que devemos continuar prudentes e observar a evolução da pandemia ao longo dos próximos 6 a 12 meses antes de cantar vitória. É cedo demais para dizer que passamos do auge da pandemia de gripe em escala mundial. O inverno (boreal) ainda é longo", disse. "Temos de lutar contra a complacência. Não podemos mais ser pegos de surpresa", acrescentou.

A diretora da OMS aproveitou para alertar sobre uma eventual pandemia do vírus H5N1, da gripe aviária. Segun­­do ela, o mundo não está preparado para o problema. "Digo sem hesitação: não estamos nada preparados. Real­­mente espero que o mundo jamais tenha de enfrentar uma pandemia de gripe aviária", afirmou Chan, ex-secretária de Saúde de Hong Kong, região que sofreu com a doença.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]