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Confira as características da mordida e da face em cada tipo de má oclusão |
Confira as características da mordida e da face em cada tipo de má oclusão| Foto:
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Um dos motivos que mais levam as pessoas a procurarem tratamentos ortodônticos está relacionado à oclusão – maneira com que os dentes da arcada superior e os dentes da arcada inferior se relacionam, tanto em repouso (aspecto estático), quanto durante a função de mastigação ou fala (aspecto dinâmico). Quando não há uma harmonia entre as arcadas, chama-se de má oclusão. Pode existir em todas as fases da vida do paciente e tem várias causas.

Uma delas é a genética, de acordo com Moresca. "Às vezes herdamos de um dos pais o tamanho dos ossos e do outro o tamanho dos dentes. Ou seja, às vezes temos ossos muito pequenos e dentes muito grandes. Aí surgem apinhamentos e faltas de espaço."

Outro fator que é um desastre para a mordida é a perda de dentes, normalmente por cáries ou problemas gengivais. O que costuma acontecer é o paciente perder ou extrair um ou mais dentes e não providenciar uma reposição de imediato. "Nesse caso os dentes remanescentes começam a mudar de posição, não ficam parados como se nada estivesse acontecendo. Com essa movimentação, a mordida do paciente se altera e tem-se uma distribuição incorreta das forças, colocando em risco a própria integridade dos demais dentes e da articulação da mandíbula", afirma Moresca. Por isso, é muito importante preservar ao máximo a saúde dos dentes, a começar por uma correta higiene e consultas frequentes ao dentista, desde os primeiros anos de vida. Evite extrações desnecessárias. "Acontece muito dos pacientes sugerirem que um determinado dente seja extraído, porque o tratamento é mais barato. Mas a consequência ao longo da vida vai ser muito pior. O tratamento restaurador às vezes é mais caro. Vale mais a pena investir na preservação do que depois ter de tratar com aparelhos ou fazer im­­plantes. Desfazer o problema depois fica muito mais complicado."

Fase da vida

A maior parte dos problemas de má oclusão deve ser tratada durante a dentição permanente (adulto). A primeira dentição (de leite) é mais estável, por isso existem menos problemas de má oclusão nessa fase. Mas há casos específicos para os quais são indicados tratamentos precoces para evitar problemas que vão alterar o desenvolvimento normal da criança. Um deles é a mordida cruzada (quando os dentes superiores fecham por dentro dos inferiores). Na oclusão ideal, os dentes superiores cobrem os dentes inferiores, de acordo com o ortodontista José Carlos Munhoz da Cunha, professor da Associação Brasileira de Odontologia (Abo) Seção Paraná. "Isso altera o crescimento de todo o complexo crânio-facial. A criança pode ficar com uma assimetria na face. Caso a pessoa procure ajuda quando adulta, o tratamento provavelmente será cirúrgico."

Duração

Em média o tratamento dura de dois a três anos. Pacientes devem ficar atentos a tratamentos muito prolongados. Moresca comenta que, às vezes, há relatos de pacientes com até seis anos de tratamento. Segundo ele, eventualmente pode haver um motivo específico para isso, mas não é comum. "Aconselho a, além de escolher um profissional idôneo, fazer questionamentos frequentes a respeito da evolução do tratamento. O paciente deve sentir segurança nessa troca de informações, do contrário algo está errado."

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