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O número de mortes causadas pelo vírus da Influenza A (H1N1), popularmente conhecida como gripe suína, triplicou na China nas últimas duas semanas, pouco após o governo ordenar uma contabilidade mais precisa desses dados, em meio a suspeitas de fraudes. Um comunicado divulgado na terça-feira (1º) pelo Ministério da Saúde registrou 178 mortes até o último fim de semana, em comparação com 53 óbitos computados anteriormente.

O comunicado não explica o grande aumento, mas vem a público após o ministério ordenar, em 19 de novembro, que haja mais transparência com esses dados. Vários médicos levantaram a hipótese de haver erros na contagem oficial. Apesar de dezenas de milhares de casos confirmados da gripe suína na China, o número de mortes no país é bem menor, proporcionalmente, que o de outros países.

As suspeitas de manipulação foram alimentadas por comentários do especialista em medicina Zhong Nanshan, que, em um jornal chinês disse suspeitar que autoridades deixavam de divulgar alguns óbitos para os superiores pensarem que eles estavam contendo a doença.

A opinião de Zhong tem peso no país, pois em 2003 ele desafiou a versão oficial sobre a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars, na sigla em inglês), ajudando a revelar a verdadeira extensão da doença. O governo inicialmente tentou esconder a epidemia de Sars e só abandonou essa linha após ela começar a se espalhar para outros países

Diversas autoridades de saúde, incluindo o ministro da pasta, Chen Zhu, advertiram diversas vezes nos últimos meses que a China deve sofrer com um forte aumento nos casos de Influenza A (H1N1) durante o inverno local. De acordo com o comunicado, mais de 91 mil pessoas contraíram o vírus no país, com a grande maioria já recuperada.

EUA

Os Estados Unidos informaram na terça-feira sobre a queda no ritmo das contaminações por gripe suína no país no mês passado. Apesar disso, autoridades advertiram que a doença ainda traz riscos.

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