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Paciente aguarda 2 anos na fila do atendimento

A dona de casa Albina Selúcio, de 66 anos, é uma das pacientes atendidas pelas práticas complementares ofertadas por Curi­tiba. O pedido foi feito há três anos, quando reclamou à geriatra que lhe atende, na Unidade de Saúde da Praça Ouvidor Par­dinho, que os problemas de ar­­trose no braço e no joelho não estavam sendo resolvidos com fisioterapia e com remédios. "Só me causavam muitas dores no estômago e não resolviam no alívio da dor", lembra a paciente. A primeira consulta, porém, ocorreu há menos de um ano. Atualmente, frequenta mensalmente o consultório de uma mé­­dica acupunturista, na Alameda Doutor Muricy, no Centro da cidade. "Hoje posso subir escada. Tenho uma vida muito me­­lhor", garante. Há sete meses, Albina aguarda o atendimento do pedido para uma consulta com o mé­­dico homeopata.

Para o diretor de promoção à saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, Antônio Derci Silveira Filho, a política é relativamente nova, por isso há alguns descompassos. O município oferta homeopatia e acupuntura há mais de 10 anos – faturadas como consultas especializadas – e, desde 2006, in­­tegradas à PNPIC.

Na política de saúde municipal pretende-se que cada família tenha uma equipe de atenção primária em saúde responsável pelo encaminhamento, quando necessário, a práticas alternativas. "A prática complementar não deveria ser a primeira opção, e sim o clínico geral ou o médico de família, pois é ele que conhece o paciente na integralidade", afirma Sil­­veira Filho. Ele defende, porém, que é preciso fazer in­­vestimento na ampliação de práticas que evitem o adoecimento da população. No ano pas­­sado, a Secre­ta­­ria de Saúde do Município bus­­cou capacitar diversos profissionais envolvidos em práticas alternativas.

Em 2009, foram 3.058 consultas em homeopatia e 9.785, em acupuntura. O resultado de 2008 só avalia os meses de se­­tembro a dezembro, porque an­­tes não existia o centro de especialidades. Em quatro meses, fo­­ram 1.599 consultas de homeopatia e 3.233, de acupuntura.

As unidades de saúde de Curitiba também oferecem as práticas corporais chinesas Lian Ghong e Tai Chi Chuan, iôga e massagem Shantala, para bebês. Com exceção da consulta de acupuntura, homeopatia e Shantala, que precisam da indicação do médico, as restantes podem ser obtidas por meio de inscrição, com atenção especial para pacientes que necessitam da terapia.

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