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Estética

Quando dar adeus ao sorriso prata

Para os mais velhos, dentes com restaurações de amálgama são muito comuns. Confira em que situações os especialistas recomendam a troca por resina ou cerâmicas

Confira os valores dos tipos de restauração |
Confira os valores dos tipos de restauração (Foto: )
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Abra bem a boca. Caso você tenha mais de 30 anos, é quase certo encontrar um brilho diferente nos seus dentes, principalmente naqueles do fundo. Os detalhes em prata denunciam a presença das muito populares restaurações de amálgama que, nos últimos 20 anos, vêm perdendo seu reinado.

Tem ficado cada vez mais co­­mum trocar as antigas restaurações por resinas e cerâmicas (chamadas também de porcelana), por uma questão estética, eliminando a aparência metálica. "A cor escura é a desvantagem do amálgama, mas ele ainda é o mais indicado para dentes posteriores (os de trás), pela maior resistência ao desgaste", diz o professor de Odontologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Rui Mazur.

Em alguns países o amálgama chega a ser proibido por não ser admitido componente tóxico – o mercúrio – em material de restauração. "Mas não há registros de casos de intoxicação pelo elemento, apenas suposições", diz o professor de Odontologia da Universidade Federal do Paraná Jayme Bordini Júnior. Por outro lado, o material tem durabilidade pelo menos cinco vezes maior que a porcelana.

Troca

Fraturas e falhas dentárias são alguns sinais de que as restaurações devem ser substituídas ou pelo menos reparadas, evitando maiores desgastes nos dentes. No caso de trocas totais de cunho estético, o primeiro passo é fazer uma avaliação das restaurações. Muitos dos mais velhos com certeza foram vítimas dos "panelões" abertos nos dentes cariados. Isso ocorria porque se acreditava que o desgaste a ser feito deveria ser maior que a cárie, prevenindo o surgimento de uma nova lesão. "Nestes casos deve-se observar a extensão da restauração e a quantidade de dente remanescente, o que determina o tipo e a forma da nova restauração", diz Mazur. A evolução dos materiais restauradores, principalmente da resina, e a maior conscientização para a prevenção faz com que as intervenções e danos sejam cada vez menores. "Hoje é retirado apenas o tecido dentário necessário, conservando ao máximo o elemento dental", explica o professor.

O procedimento de troca das restaurações é considerado simples e a remoção do amálgama é feita de 15 a 20 minutos, contando com a anestesia. Mas antes é indicado realizar uma radiografia que mostre a profundidade da restauração e a proximidade dela em relação à polpa do dente. "Podem ser trocadas todas as restaurações de uma só vez e não há recomendações especiais após o procedimento", diz Bordini Júnior.

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