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Pandemia

Reposição de aulas ainda sem solução

Rede pública de ensino mantém 2,4 milhões de alunos sem saber como aulas perdidas por causa da gripe A serão repostas

Tubo com álcool gel em escola estadual: calendário será decidido nos próximos dias | Marcelo Elias/Gazeta do Povo
Tubo com álcool gel em escola estadual: calendário será decidido nos próximos dias (Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo)

As autoridades paranaenses prometem acabar nos próximos dias com o suspense de 2,4 milhões de estudantes. Desde o reinício das aulas na semana passada, alunos da rede municipal de Curitiba e da rede estadual de ensino esperam para saber como será a reposição das aulas perdidas em razão da gripe A (H1N1), popularmente conhecida como gripe suína. As aulas foram suspensas por duas semanas para evitar maior disseminação do novo vírus.

Segundo a Secretaria Mu­­nicipal de Educação de Curitiba, o Conselho Municipal de Educa­­ção deverá ser reunir hoje à noite para definir o novo calendário. No dia 31, será a vez de o Conselho Estadual de Educação deliberar sobre as propostas recebidas pela Secretaria de Estado da Educação (Seed). Entre as propostas estão a reposição de aulas aos sábados, feriados e aumento de jornada – medidas já adotadas por algumas escolas particulares.

Porém, a unanimidade é de que os 12 dias letivos que não foram cumpridos deverão ser restabelecidos ainda antes do fim do ano. Para a superintendente de Gestão Educacional da prefeitura de Curitiba, Merougi Giacomassi Cavet, a forma como a reposição será feita dependerá de cada escola e das necessidades da comunidade onde ela está inserida. "Provavelmente, o calendário será estendido até o dia 19 de dezembro", estima.

Aprendizado

O presidente do Conselho Estadual de Educação, Romeu Gomes de Miranda, afirma que a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) deverá ser respeitada. Segundo ele, é preciso levar em conta os 200 dias letivos mínimos estipulados pela legislação; mas também é preciso ter respeito à escola e à comunidade. "Não podemos pensar somente em uma operação contábil. Temos de pensar no aprendizado. Cada escola poderá traçar sua proposta", diz.

Enquanto isso, os pais aguardam, aflitos, a direção que se to­­mará para que os filhos não tenham o ano letivo comprometido. Para a auxiliar de produção Patrícia de Souza, 35 anos, a falta de resposta por parte da Secretaria da Educação causa preocupação. Nenhum bilhete foi enviado na escola dos filhos Ágatha, 10 anos, que está na 5.ª série, e Bruno, 12 anos, na 6.ª série, estudantes de uma escola estadual em Curitiba. "O ensino já é fraco e ainda estamos nessa espera. Se a reposição for com filmes, como foi na metade do ano, vamos brigar". Já Herivelto Luz, 45 anos, também se preocupa com o destino educacional de Ânderson, 10 anos, estudante da rede municipal. "O cronograma a cumprir está em aberto. Percebo que ele nem tem tido tanta lição", diz.

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