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Cura

Sem complicações, maioria dos pacientes supera gripe

Dados do Ministério da Saúde mostram que 95% das pessoas que contraem a gripe ficam curadas

Valéria e Amanda Santiago: mãe cuidou da filha e do namorado dela | Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo
Valéria e Amanda Santiago: mãe cuidou da filha e do namorado dela (Foto: Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo)

Sintomas iguais ao da gripe comum. Mais intensos, porém. É assim que as pessoas que supostamente tiveram a gripe A (H1N1) caracterizam a doença. Depois de alguns dias de cama e febre alta, a gripe vai embora, assim como chegou – dados do Ministério da Saúde mostram que isso ocorre em 95% dos casos.

O funcionário público Roberto (nome fictício), 28 anos, estranhou o fato de, depois de ter entrado em contato com chilenos que pareciam estar doentes, sentir sintomas de gripe, com febre alta, que não cedia com antitérmicos. "Eu não tinha febre de 38,7ºC desde os 12 anos. Cheguei aos 39,9ºC e, nos intervalos do remédio, a 40ºC. A febre não cedia", conta. Sete dias depois passou, estava bom de novo. Sem internação ou medicação mais forte.

A pedagoga aposentada Eliza Terezinha Gusso Netzka, 53 anos, também não tem certeza se o seu filho, o empresário Hen­rique Gusso Netzka, 23 anos, te­ve a gripe suína, mas tem fortes suspeitas. "Foi bem preocupante. Os sintomas eram iguais aos de uma gripe comum, porém mais fortes", diz.

A viagem de Henrique para Foz do Iguaçu, Paraguai e Argen­tina no início de julho é um dos fatores que faz Eliza pensar que o rapaz foi um paciente da gripe A. Ele adoeceu depois de voltar para casa. "Tinha febre de en­­­charcar o lençol. Fiquei apavorada porque era no começo e não encontrei respaldo médico. Co­­mo é uma doença nova, os médicos não sabiam bem o que fazer ainda", conta Eliza. Dois funcionários de Henrique também ficaram doentes e foram isolados em casa. Hoje, todos estão bem e de volta à vida normal. O exame? "Até agora não sabemos do resultado".

Em alguns casos, ficar de molho em casa não foi suficiente. A paisagista Valéria Santiago, 47 anos, não esquece o sufoco que passou ao cuidar de dois jovens com suspeita da nova gripe: a filha, Amanda, 24 anos, e o namorado dela, com a mesma idade. Depois de acompanhá-los por duas vezes ao médico e retornar para casa com os dois medicados apenas com antitérmico, os sintomas pioraram. Amanda chegou a ficar internada por 24 horas em um hospital. O namorado ficou três dias em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e só melhorou depois que foi medicado com Tamiflu, remédio usado em casos mais graves de gripe A.

Hoje, os dois jovens estão bem e saudáveis. Voltaram a trabalhar e estudar. Os resultados dos exames para comprovação do diagnóstico para a gripe A ainda não ficaram prontos, mesmo tendo se passado mais de 20 dias. Independentemente do resultado, Amanda acha que ela e o namorado tiveram mesmo a gripe A. "Uma gripe comum não levaria meu namorado para a UTI", diz. "Quando eu tenho gripe comum eu não tenho tanta febre. Tive taquicardia e dificuldade para respirar. Quando estava falando, tinha de parar, respirar, para poder continuar".

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