
Quem nunca ouviu de algum conhecido “Preciso fazer um check-up”? O termo é utilizado como referência a uma bateria de exames para verificar se há algum problema com o organismo. Entretanto, não se trata de um exame rotineiro, para ser feito anualmente. Médicos solicitam um check-up com periodicidade variável, para mera checagem ou para verificar se o paciente apresenta as condições ideais para se submeter a uma cirurgia ou atividade específica, por exemplo.
O médico patologista, Emilio Granato, diretor técnico do laboratório Frischmann Aisengart, explica que o check-up é uma espécie de rastreamento que busca identificar alguma alteração bioquímica ou laboratorial em pacientes aparentemente saudáveis.
“Sintoma é aquilo que o paciente sente; sinal é aquilo que o médico, ao examinar, encontra. O check-up vai rastrear o que não é sentido pelo paciente nem visto pelo médico. O objetivo é detectar precocemente alterações que podem indicar o desenvolvimento de alguma doença. Antigamente, o diagnóstico vinha com sintomas e sinais; hoje é possível diagnosticar antes que eles apareçam.”
Sem pânico
Granato reforça que mesmo exames de sangue não apresentam resultados conclusivos para o diagnóstico final, ou seja, todos aqueles resultados devem, obrigatoriamente, ser interpretados por um médico. Outros fatores compõem a equação do diagnóstico, como histórico, hábitos, fatores de risco e imagens.
“O resultado de exames laboratoriais é parte de uma avaliação médica maior. Um resultado acima ou abaixo dos valores de referência não significa doença. Aquele valor pode ser o valor daquele paciente em específico”, esclarece. Por isso, não adianta passar por todos os exames e não levar os resultados ao médico porque os resultados estão dentro da faixa dos valores de referência. Do mesmo modo, resultados divergentes não são motivo para pânico.



