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Boletim - Paraná tem mais seis mortes

Seis novas mortes por causa da gripe A foram confirmadas no Paraná no novo boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde, emitido ontem. Ao todo, 242 óbitos ocorreram no estado em decorrência da nova gripe.

As novas mortes foram registradas nas regionais de saúde de Curitiba (1), Francisco Beltrão (1), Foz do Iguaçu (1), Campo Mourão (1), Maringá (1) e Londrina (1).

A regional de saúde de Curitiba concentra o maior número de mortes no estado, com 79 dos 242 casos (32,6%). Na sequência aparecem as regionais de Cascavel (20 óbitos), Foz do Iguaçu (19), Maringá (18), Londrina (12), Toledo (12) e Jacarezinho (11).

O número de casos confirmados da doença no estado não foi atualizado no boletim de ontem. De acordo com a Secretaria da Saúde, problemas técnicos em um banco de dados do Ministério da Saúde impediram a atualização. Dessa forma, o número mais recente sobre o assunto continua sendo o que foi divulgado no boletim da quinta-feira. A informação era de que o Paraná tinha 10.188 casos confirmados da gripe A.

Na edição de ontem, a Gazeta do Povo publicou uma entrevista com o secretário de Estado da Saúde, Gilberto Martin, em que ele estimou em 150 mil o número de casos da gripe no Paraná. Os casos confirmados em laboratório incluem apenas situações mais graves.

Fernanda Leitóles

Hong Kong - A diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, afirmou ontem que o vírus da gripe A (H1N1), conhecida como gripe suína, aparentemente não sofreu mutação para uma doença mais grave até o momento. Ainda segundo ela, o desenvolvimento das vacinas para a doença ocorre conforme o previsto. "As vacinas para a gripe até agora produzidas mostraram-se eficazes", disse Margaret, falando em Hong Kong.

"O vírus pode sofrer mutação a qualquer momento. Mas de abril até agora, nós vemos dos dados recebidos de laboratórios por todo o mundo que o vírus ainda é muito similar (ao estado anterior)", avaliou ela.

A diretora-geral da OMS notou que o principal desafio no combate à pandemia será garantir vacinas suficientes para os países mais pobres do mundo. Idealmente, segundo ela, três bilhões de doses podem ser produzidas anualmente. Ela lembrou que a China já começou a vacinar a sua população.

"Os resultados dos primeiros testes clínicos sugerem que uma dose simples de vacina pandêmica será suficiente. Se confirmada, essa descoberta irá literalmente dobrar o montante de vacina disponível", disse.

O comentário foi feito após, na semana passada, a OMS advertir que a produção anual da vacina deve ficar bem abaixo das 4,9 bilhões de doses anteriormente previstas. No domingo, o diretor-regional da OMS Shin Young-soo disse que a entidade, junto com as Nações Unidas, trabalha para arrecadar US$ 1 bilhão para comprar vacinas para países pobres.

Margaret disse que Hong Kong poderia relaxar medidas contra a epidemia de gripe A "passo a passo". Segundo ela, o país deve enfocar recursos de longo prazo, para evitar contágios e reduzir o nú­­mero de casos sérios. Ela afirmou que pacientes considerados de alto risco, como os mais velhos, os obesos e aqueles com doenças preexistentes, serão mais afetados pela doença.

Há temores de que os países mais pobres não consigam vacinas suficientes para a doença. Isso apesar de, na semana passada, os Estados Unidos e outros oito países terem se comprometido a doar 10% de seu estoque de vacinas para as nações mais pobres.

Enquanto isso, o laboratório francês Sanofi-Aventis anunciou ontem que começará a entregar as primeiras doses de sua vacina contra a gripe suína nos EUA até meados de outubro.

O último balanço da OMS, divulgado na semana passada, indica que pelo menos 3.486 pessoas morreram no mundo vítimas da doença.

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Interatividade

Os países mais pobres terão acesso fácil à vacina contra a gripe A?

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