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Pandemia

Vírus da gripe A não teve mutação, diz OMS

Organização Mundial da Saúde acredita que estabilidade do vírus facilita combate. Principal desafio é garantir vacina para todos

Hong Kong - A diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, afirmou ontem que o vírus da gripe A (H1N1), conhecida como gripe suína, aparentemente não sofreu mutação para uma doença mais grave até o momento. Ainda segundo ela, o desenvolvimento das vacinas para a doença ocorre conforme o previsto. "As vacinas para a gripe até agora produzidas mostraram-se eficazes", disse Margaret, falando em Hong Kong.

"O vírus pode sofrer mutação a qualquer momento. Mas de abril até agora, nós vemos dos dados recebidos de laboratórios por todo o mundo que o vírus ainda é muito similar (ao estado anterior)", avaliou ela.

A diretora-geral da OMS notou que o principal desafio no combate à pandemia será garantir vacinas suficientes para os países mais pobres do mundo. Idealmente, segundo ela, três bilhões de doses podem ser produzidas anualmente. Ela lembrou que a China já começou a vacinar a sua população.

"Os resultados dos primeiros testes clínicos sugerem que uma dose simples de vacina pandêmica será suficiente. Se confirmada, essa descoberta irá literalmente dobrar o montante de vacina disponível", disse.

O comentário foi feito após, na semana passada, a OMS advertir que a produção anual da vacina deve ficar bem abaixo das 4,9 bilhões de doses anteriormente previstas. No domingo, o diretor-regional da OMS Shin Young-soo disse que a entidade, junto com as Nações Unidas, trabalha para arrecadar US$ 1 bilhão para comprar vacinas para países pobres.

Margaret disse que Hong Kong poderia relaxar medidas contra a epidemia de gripe A "passo a passo". Segundo ela, o país deve enfocar recursos de longo prazo, para evitar contágios e reduzir o nú­­mero de casos sérios. Ela afirmou que pacientes considerados de alto risco, como os mais velhos, os obesos e aqueles com doenças preexistentes, serão mais afetados pela doença.

Há temores de que os países mais pobres não consigam vacinas suficientes para a doença. Isso apesar de, na semana passada, os Estados Unidos e outros oito países terem se comprometido a doar 10% de seu estoque de vacinas para as nações mais pobres.

Enquanto isso, o laboratório francês Sanofi-Aventis anunciou ontem que começará a entregar as primeiras doses de sua vacina contra a gripe suína nos EUA até meados de outubro.

O último balanço da OMS, divulgado na semana passada, indica que pelo menos 3.486 pessoas morreram no mundo vítimas da doença.

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Os países mais pobres terão acesso fácil à vacina contra a gripe A?

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