Ao longo da história, a inovação sempre foi impulsionada pela combinação entre necessidade e criatividade. Por isso, muitas vezes a palavra está ligada à imagem de tecnologia, disrupção e transformação digital.
Todavia, para Cris Alessi, consultora, conselheira, palestrante e investidora anjo especializada em inovação, que estará no XVIII CONPARH, realizado pela Associação Brasileira de Recursos Humanos do Paraná (ABRH-PR), inovar não é apenas otimizar recursos ou implementar novas ferramentas, mas antes de tudo, é um ato profundamente humano e na prática se manifesta como um reflexo direto da nossa jornada por autorrealização.
“Inicialmente, inovamos para suprir nossas necessidades básicas — como segurança e sobrevivência. Com o tempo, passamos a inovar para melhorar nossa convivência social, expressar identidade, pertencer a grupos, e, por fim, encontrar significado e propósito em nossas ações”, explica Cris.
No ambiente corporativo, essa visão humanizada da inovação exige o fortalecimento de competências essenciais. Cris alerta que “a tecnologia, por si só, não é suficiente. O foco precisa estar na geração de valor e impacto” e nesse cenário, a curiosidade para buscar e entender o novo; agilidade para colocar ideias no mercado com estrutura mínima e máximo feedback; e responsabilidade para refletir sobre os limites éticos das ações que tomamos, são competências que formam o "capital humano inovador", sustentando organizações vivas, adaptáveis e relevantes.
Lideranças e cultura: os pilares da inovação contínua
Empreendedores e líderes que se destacam na inovação são aqueles que aliam sensibilidade humana à inteligência de mercado. São profissionais que escutam de verdade as dores das pessoas, constroem soluções centradas nelas e utilizam os algoritmos apenas como aceleradores de propósito.
Manter a inovação como constância dentro das organizações é um desafio que vai além de iniciativas pontuais. Para a consultora, é preciso agir com intencionalidade e os líderes têm forte presença como catalisadores do aprendizado contínuo e da evolução coletiva.
“Lideranças inovadoras atuam como ‘reguladores de contexto’. Elas não controlam o fluxo da inovação, mas criam as condições para que ele ocorra com clareza de propósito, liberdade com direção, incentivo ao risco calculado e valorização do aprendizado”, pontua.
Essa abordagem exige uma mudança de mentalidade. Inovação, sob essa ótica, não é apenas lançar um produto ou serviço novo. Ela está ancorada na cultura, no comportamento coletivo e na evolução contínua.
Como lembra Cris, “a cultura não se decreta, se vive”. Para que ela sustente a inovação, deve estar alicerçada em valores como transparência, escuta, abertura ao novo, tolerância ao erro e celebração do progresso.
Inovar leva tempo. Mas é esse entendimento que transforma a inovação em uma prática cotidiana e a organização em um organismo em constante evolução. “Finalizo dizendo que transgredir, no contexto da inovação, é ultrapassar os limites estabelecidos com responsabilidade e propósito. Para líderes, equipes e organizações que desejam inovar com consistência, transgredir é uma atitude. É ativar o que de mais potente existe no ser humano: sua capacidade de imaginar e realizar futuros desejáveis”, conclui Cris Alessi.

XVIII CONPARH
O tema “Inovação como processo humano” será tratado com mais profundidade por Cris Alessi, no XVIII Congresso Paranaense de Recursos Humanos – CONPARH 2025 - “Tudo que só o humano pode fazer”.
O evento, promovido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos do Paraná - ABRH-PR, acontecerá nos dias 22 e 23 de outubro, no Viasoft Experience, em Curitiba.
No congresso, Cris fará parte do pilar "Criatividade, Intuição e Inovação com Alma" com um painel direcionado ao aprendizado da inovação e a consistência da melhoria contínua.
Mais informações: https://conparh.com.br/

