A operação Compliance Zero da Polícia Federal apreendeu prova de um contrato milionário entre o Banco Master e o escritório de Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes. O documento, encontrado em formato digital no celular do controlador do banco, Daniel Vorcaro, previa pagamento de R$ 3,6 milhões mensais por 36 meses para representação ampla do banco. Caso fosse cumprido integralmente, teria rendido para o Barci de Moraes, escritório de Viviane, R$ 129 milhões – o que não ocorreu, já que o Master entrou em liquidação. Mensagens indicam que os pagamentos ao escritório eram prioridade.
Defesa de Filipe Martins aponta Cid como autor da “minuta do golpe”
A defesa de Filipe Martins, ex-assessor internacional de Jair Bolsonaro, afirma ter provas inéditas de que o tenente-coronel Mauro Cid foi quem redigiu uma minuta golpista e tentou atribuir a autoria a Martins para se proteger. Segundo o advogado Jeffrey Chiquini, os metadados de um arquivo encontrado no celular de Cid indicam que ele planejava instalar um “tribunal constitucional militar” e buscou convencer comandantes a aderirem ao golpe, sem sucesso. A defesa sustenta que Cid criou uma narrativa falsa para incriminar Martins, que chegou a ser preso preventivamente e agora aguarda julgamento no STF com tornozeleira eletrônica.
Dino ordena que policial retire Chiquini da tribuna
Durante julgamento na Primeira Turma do STF, o advogado Jeffrey Chiquini foi retirado da tribuna por um policial após ordem do ministro Flávio Dino, presidente do colegiado. Chiquini, que defende um dos réus do caso dos “kids pretos”, havia questionado provas apresentadas pelo Ministério Público, apontando adulteração de arquivos digitais e fraude no processo. Dino reagiu afirmando que a tribuna “não é parlamentar nem do júri” e que usaria o “poder de polícia” para manter a ordem. O episódio ocorreu após tensão entre Chiquini e Alexandre de Moraes, que questionou sua fala.
Pacheco defende Toffoli após viagem com advogado do Banco Master
O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) saiu em defesa do ministro Dias Toffoli após críticas por ter viajado em um jato privado para assistir à final da Libertadores, no Peru, acompanhado de um advogado ligado ao caso Banco Master. A viagem ocorreu dias antes de Toffoli assumir a relatoria do processo e impor sigilo máximo às investigações. Pacheco afirmou que a situação não configura suspeição ou impedimento, classificando as acusações como exageradas e improcedentes. Ele argumentou que o sigilo e a competência do STF são corretos quando há menção a autoridades com foro privilegiado e relação com o sistema financeiro nacional.
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