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Sem Rodeios

Figueiredo denuncia monitoramento de Eduardo nos EUA

O deputado Eduardo Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo foram recebidos por autoridades do Departamento de Estado dos EUA em Washington, antes da reunião oficial do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, com o senador Marco Rubio. Durante a viagem, Figueiredo disse durante uma live que autoridades norte-americanas os alertaram sobre um possível monitoramento da Polícia Federal brasileira em solo americano. Ele denunciou que o ministro Alexandre de Moraes teria determinado a vigilância, ação que levanta questionamentos sobre limites da fiscalização e possíveis abusos de autoridade cometidos pelo ministro no exterior.

Tagliaferro pede revisão de decisões de Moraes

A defesa de Eduardo Tagliaferro — ex-assessor do TSE, atualmente na Itália — protocolou uma reclamação no STF presidido por Edson Fachin pedindo a revisão de decisões tomadas por Alexandre de Moraes no processo em que ele é investigado. Segundo os advogados, Moraes teria negado acesso integral aos autos da investigação — mesmo após o levantamento do sigilo — o que comprometeria o direito à ampla defesa e ao contraditório, além de violar súmula do STF. A defesa sustenta que a continuidade do processo sem esse acesso pleno impede uma defesa eficaz, enquanto eventual concessão de liminar não alteraria o curso da causa, que — segundo eles — não está perto da prescrição. Tagliaferro responde a acusações como violação de sigilo funcional, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Por determinação de Moraes, suas contas bancárias estão bloqueadas, e há proibição judicial (na Itália) de deixar o país.

Violações do Estado de Direito são apontadas como causa de tarifas de 50%

O representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, afirmou que as tarifas de 50% aplicadas pelo Brasil são uma reação às preocupações dos EUA com o Estado de Direito no país. Ele criticou decisões do Judiciário brasileiro, classificando-as como formas de censura e ataques a direitos humanos, e destacou que essas questões são monitoradas pelos Estados Unidos ao definir políticas comerciais com o Brasil.

Greer ainda indicou que os EUA esperam que o Brasil tome medidas para garantir maior segurança jurídica e transparência, a fim de evitar impactos negativos no comércio bilateral. O posicionamento ocorre pouco antes de uma reunião oficial entre representantes dos dois países, reforçando que a situação judicial e de direitos humanos no Brasil está diretamente ligada às relações econômicas e tarifárias.

PGR pede reabertura de inquérito contra Bolsonaro

A Procuradoria-Geral da República (PGR) requereu a reabertura do inquérito que investiga possível interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal. O caso se originou com acusações do então ministro Sergio Moro, que alegou que Bolsonaro buscava influenciar decisões da PF para proteger familiares e aliados. Em 2022, a PF concluiu que não havia elementos suficientes para indiciar o ex-presidente, e a vice-PGR Lindôra Araújo manifestou-se a favor do arquivamento. Contudo, o ministro Alexandre de Moraes solicitou nova manifestação da PGR em 2024. Após mais de um ano sem resposta, o atual procurador-geral, Camilo Gonet, defendeu não apenas a retomada da investigação, mas sua ampliação, para apurar se houve uso indevido de estruturas estatais, obtenção clandestina de dados e envolvimento de órgãos como a ABIN e o GSI.

Não perca o Sem Rodeios, às 13h30: debate e análises políticas ao vivo no canal da Gazeta do Povo no YouTube.

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