O ministro Alexandre de Moraes (STF) admitiu que o Judiciário comete “erros e acertos”, caracterizando isso como inerente ao funcionamento institucional. Ele reforçou que, por ser um órgão colegiado, a Corte permite que os próprios magistrados corrijam falhas de decisões uns dos outros. A declaração foi feita durante um evento no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, onde ele também reafirmou a postura firme do Judiciário em resposta à suposta tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023.
Ministro estaria preocupado com Magnitsky, mas continuará com processo do “golpe”
O ministro do STF, Alexandre de Moraes, tem se mostrado mais preocupado com as sanções impostas pelo governo dos EUA por meio da Lei Magnitsky do que com as críticas internas à sua atuação. Em julho de 2025, os Estados Unidos revogaram os vistos de entrada de Moraes, seus familiares e aliados, alegando perseguição política contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Além disso, em 30 de julho, Moraes foi incluído na lista de sanções da Lei Magnitsky, apesar de não possuir ativos ou contas no território norte-americano. Essa medida pode afetar até mesmo o recebimento de seu salário, já que o Banco do Brasil, instituição brasileira que o remunera, mantém vínculos financeiros com o sistema internacional. O ministro reagiu com firmeza, afirmando que ignorará a sanção e continuará atuando como relator do processo criminal referente à tentativa de golpe no Brasil.
Senado resiste ao impeachment de Moraes
O pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes enfrenta obstáculos significativos no Senado. Embora 41 senadores tenham assinado o requerimento, são necessários 54 votos para que o processo avance. A base governista, incluindo partidos como PSD, MDB e União Brasil, possui influência suficiente para barrar a iniciativa. Além disso, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, tem resistido a pautar a denúncia, citando riscos institucionais e falta de justificativa legal. Especialistas indicam que, no cenário atual, o impeachment é improvável.
Senado avalia CPI para investigar sexualização infantil
O senador Jaime Bagattoli (PL-RO) protocolou um requerimento para criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigue a atuação de influenciadores e plataformas digitais na promoção de conteúdos que sexualizam crianças e adolescentes. A CPI também pretende apurar a relação entre esses conteúdos e a possível exploração sexual de menores, além de analisar a efetividade das políticas públicas contra pedofilia e abuso na internet.
O pedido veio após o youtuber Felca denunciar a “adultização” de crianças e adolescentes em vídeos, citando o exemplo de Kamylla Santos, que aparece desde os 12 anos em vídeos do influenciador paraibano Hytalo Santos, investigado pelo Ministério Público da Paraíba desde 2024.
Bagattoli destacou a importância do Senado agir para proteger a infância e evitar a normalização da sexualização infantil nas redes sociais. A CPI, se criada, teria 120 dias para concluir os trabalhos, podendo convocar testemunhas, suspeitos e tomar medidas judiciais.
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