O programa de estreia do Última Análise mergulha em um tema central e recorrente no cenário político e social brasileiro: a liberdade de expressão. Longe da tradicional abordagem, a discussão propõe uma análise sob uma perspectiva específica, diretamente ligada à principal justificativa do Supremo Tribunal Federal (STF) para as crescentes restrições a essa liberdade: o nível do debate público.
O programa traz à tona a fala recente do ministro Luís Roberto Barroso, que em discurso apontou como a "agressividade, a mentira, o absurdo trazem muito mais engajamento do que a fala moderada, racional e respeitosa", gerando um "incentivo perverso à disseminação do ódio, da desinformação e das coisas ruins nas redes sociais".
O foco, no entanto, é a tentativa de deslocar a fala da figura do ministro para a responsabilidade dos cidadãos. Afinal, são os cidadãos, com suas opiniões, críticas e formas de articular ideias, que, exercendo sua liberdade de expressão, por vezes incomodam os poderosos a ponto de gerar tentativas de silenciamento. Nesse sentido, vale pensar: Barroso teria alguma razão em querer "recivilizar" os brasileiros?
A discussão também versa sobre a recente declaração do deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) contra o STF. O deputado está na mira do STF depois de ter classificado o Supremo como uma "organização mafiosa". A fala é mais uma em meio a tantas críticas que a corte e o governo vêm ouvindo, motivadas pelos abusos que o Judiciário brasileiro tem cometido e as más decisões tomadas por Lula em sua terceira gestão no Planalto.
Na estreia do Última Análise, vamos falar de liberdade de expressão, mas de um ângulo diferente: a nossa responsabilidade. Será que o debate público está mesmo tão contaminado pelo ódio a ponto de precisar da moderação do STF? Será que a supressão da liberdade de expressão é a melhor resposta para esse problema? Acompanhe a conversa entre André Marsiglia, Deltan Dallagnol e Guilheme Kilter.
O Última Análise é ao vivo, a partir das 19h, no canal da Gazeta do Povo no Youtube.



