No debate político brasileiro de hoje, acentuou-se a classificação dos atores em apenas dois polos do espectro político: de direita ou de esquerda, progressista ou conservador.
O que faz, contudo, alguém se enquadrar ou se definir como de direita? Duas pessoas supostamente conservadoras podem divergir quando o assunto é economia, liberdades individuais ou o papel do Estado? É possível não ser nem de esquerda nem de direita? Seria mais fácil definir um conservador pelo que ele não endossa, ou seja, a visão de mundo coletivista e intervencionista do Estado em quase todas as esferas da atividade humana?
O programa Última Análise desta terça-feira (20) discute o momento do conservadorismo no Brasil, que vem ganhando cada vez mais espaço no mercado das ideias, nos “corações e mentes” que outrora a esquerda julgava já conquistados.
Participam do debate a partir das 19h o jurista André Marsiglia, a advogada Anne Dias e o cronista Paulo Polzonoff. A mediação é de Marcos Tosi.
O que cabe sob o guarda-chuva da direita
O programa abordará as divisões existentes no espectro político conservador. Que ficam patentes pelos apelidos pejorativos, que vêm de fora e do próprio círculo, como "direita chucra" – usada por detratores de conservadores mais engajados – e a "direita limpinha", direcionada a quem é mais moderado e se posiciona mais ao centro.
Essa contraposição entre moderados e extremistas levanta a questão: é possível que todos convivam sob o mesmo guarda-chuva? Seria a direita hoje no Brasil apenas um rótulo reativo àqueles que se opõem à esquerda, na forma de anticomunismo e antipetismo? Esse é o mínimo denominador comum?
Há quem diga, também, que não existe direita no Brasil, apenas o bolsonarismo. Os conceitos se confundem mesmo? Qual seria um projeto de país da direita brasileira? Estamos gravitando muito em torno de nomes e não de ideias? Não perca o Última Análise, das 19h às 20h30, no canal da Gazeta do Povo no YouTube.
