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Mobilidade

1ª Via Calma começa a ser implantada em Curitiba

Obras vão contemplar a implantação de faixas prioritárias para ciclistas na Avenida Sete de Setembro, entre a Rua Mariano Torres e a Praça do Japão

As obras para a primeira Via Calma de Curitiba já estão em andamento. Os serviços iniciaram no dia 3 de fevereiro e vão contemplar a implantação de faixas prioritárias para ciclistas na Avenida Sete de Setembro, entre a Rua Mariano Torres e a Praça do Japão, na região central da cidade.

Para dar prioridade ao trânsito de bicicletas e pedestres, o trecho também terá velocidade máxima reduzida para 30 quilômetros por hora, além de implantação de, aproximadamente, 40 travessias elevadas.

Parte das propostas para melhorar a mobilidade urbana da capital, a previsão é de que as obras da Via Calma custem R$ 1,8 milhão, com recursos das secretarias municipais de Obras e de Trânsito. De acordo com a Prefeitura, o espaço pronto deve ser entregue no início de julho.

Segundo o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), o local de construção da via foi definido com base em uma pesquisa realizada em agosto do ano passado pela Prefeitura em parceria com a ONG Ciclo Iguaçu, associação de ciclistas constituída com objetivo de consolidar o desenvolvimento de políticas de ciclomobilidade na capital.

O levantamento mostrou que dos ciclistas entrevistados, 67% deles que trafegam atualmente na Avenida Sete de Setembro usam a bicicleta para trabalhar. Destes, 52% fazem uso diário da bicicleta para este fim.

Com o resultado, foi possível definir o local da primeira Via Calma, que, conforme a Prefeitura, servirá como um projeto piloto para a expansão do projeto. Caso o modelo funcione, a prioridade é ampliar a medida a trechos com características semelhantes: que contemplem a canaleta central, e vias nas laterais para o fluxo de veículos.

Nesta primeira etapa dos trabalhos estão sendo realizados recapeamentos nos pontos necessários. Com a pavimentação finalizada, serão iniciadas a implantação das travessias elevadas. Por último, serão feitas as pinturas nas ruas para definir os espaços, e colocadas as sinalizações necessárias no trecho, que, vai contemplar cerca de 3 quilômetros em cada um dos lados da avenida.

As obras iniciaram no sentido Praça do Japão-Mariano Torres, no lado direito da via. Já os serviços no sentido oposto vão começar na altura da Mariano Torres.

Todos os trabalhos serão realizados por quadras, para não complicar o trânsito na região. Possíveis alterações no tráfego do trecho serão comunicados pela Setran.

Iniciativa é boa, mas resultados, incertos

Para José Carlos Assunção Belotto, coordenador do programa de extensão Ciclovida, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a iniciativa de trazer o sistema da Via Calma para Curitiba é animadora. Segundo ele, a proposta aprecia um ponto importante para o trânsito de bicicletas na capital, já que segue a rota de uma canaleta – pontos hoje bastante frequentados pelos ciclistas. "Como iniciativa eu louvo, porque todo o espaço novo que conquistamos para o ciclista é bom", diz.

Contudo, ele explica que ainda é cedo para saber se os resultados serão mesmo positivos, já que isso vai depender de como vai ser a convivência dos motoristas com as bicicletas, que passarão a ter prioridade em um espaço antes garantido pelos automóveis. "´É um modelo novo de infraestrutura, não garante que a gente escape da entrada e saída de garagens e do embarque e desembarque das pessoas, por exemplo", ressalta.

Bicicaixas

Instaladas nos cruzamentos da Via Calma, as bicicaixas vão criar uma área especial de parada para bicicletas nos semáforos, entre a faixa de pedestres e a área de veículos motorizados. Dessa forma, vão proteger e priorizar os ciclistas quando abrir o sinal. Também irão garantir mais segurança aos ciclistas nos cruzamentos e assegurar a prioridade para as bicicletas na realização de conversões.

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