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A pornografia nunca esteve tão acessível – e já está muito clara a sua influência na destruição de casamentos. Já há 20 anos, uma investigação da pesquisadora Jill Manning, autora do livro What’s the Big Deal about Pornography: A Guide for the Internet Generation, revelou que em 56% dos casos de divórcio nos Estados Unidos, ao menos um dos cônjuges experimentava um interesse obsessivo em conteúdo pornográfico. E os impactos desse vício se mantêm, ainda hoje. Entenda dez razões pelas quais a pornografia pode destruir um casamento:
A pornografia destrói a confiança
Como qualquer pessoa sabe, a pornografia e a manutenção de hábitos escondidos andam de mãos dadas. Não é por acaso, portanto, que o consumo de conteúdo pornográfico mina a confiança entre um casal. O cônjuge se sente traído quando se dá conta do que ficou em segredo por tanto tempo e naturalmente se pergunta: o que mais aconteceu que eu não sei?
A pornografia põe obstáculos à intimidade emocional
A pornografia faz com que passemos a ver a outra pessoa como objeto e não possamos, então, ter uma interação significativa com ela. Sobra busca de prazer, mas falta uma conexão íntima com a pessoa.
A pornografia acaba com a autoestima
O consumo de pornografia afeta também como você vê a si mesmo. Você passa a se comparar – e a comparar seu cônjuge – com os modelos que aparecem nos filmes e fotos e se torna mais crítico com a sua própria aparência e a de seu cônjuge, bem como com o seu rendimento sexual.
A pornografia gera egoísmo
Quando “educamos” a nós mesmos para obter prazer imediato, reforçamos cada vez mais o nosso desejo de receber prazer e esvaziamos nossa vontade de nos doarmos, de nos entregarmos e de fazermos o que é bom para o outro. É curioso que o dia em que menos se vê pornografia nos Estados Unidos é o Dia de Ação de Graças, o que torna patente como a gratuidade e o egoísmo são opostos.
A pornografia degrada as mulheres
Muitas pesquisas já deixaram claro que quanto mais um homem consome pornografia, mais tende a exigir submissão das mulheres e a agir com violência. A maneira como ele as vê muda – o que se deve obviamente à normalização da maneira como elas são tratadas nos filmes pornográficos.
A pornografia deteriora a vida sexual
Homens que veem pornografia regularmente podem sofrer com a ejaculação precoce, ou perder o interesso no sexo com sua parceira, alguns têm dificuldades para chegar ao orgasmo e há aqueles que experimentam disfunção erétil.
Por outro lado, homens que se comprometeram a deixar de lado a masturbação e a pornografias, sentiram uma melhora em suas funções sexuais ou tiveram um aumento no seu nível de energia e produtividade.
A pornografia conduz à insatisfação com o cônjuge
Homens expostos continuamente a pornografia se veem como menos apaixonados por sua parceira do que os que não consomem conteúdo pornográfico. A pornografia apresenta sexo fácil e rápido. Tecer uma relação de amor verdadeira – e mesmo uma relação sexual profunda – é algo que exige dedicação.
A pornografia é uma porta de entrada para a infidelidade
O consumo de pornografia por um dos cônjuges aumenta significativamente a chance de infidelidade. Isso inclui casais que veem pornografia juntos. O modo como a pornografia apresenta o sexo e desvela a intimidade de outros casais diminui o compromisso com a própria relação.
Pensar que a pornografia é uma válvula de escape que evita uma traição “concreta” é nada mais do que um mito.
A pornografia está relacionada à depressão, ao estresse e à ansiedade
Homens que consomem pornografia costumam apresentar índices altos de depressão, ansiedade e estresse. Isso afeta não só eles mesmos, como, evidentemente, a relação com suas esposas.
A pornografia altera o nosso cérebro
Da mesma maneira que acontece com o consumo de narcóticos, quanto mais se vê pornografia, mais severo é o dano causado ao cérebro e mais difícil se torna deixar esse hábito de lado.
A pornografia libera uma alta carga de dopamina no cérebro. Quanto mais se vê conteúdo pornográfico, mais essa carga diminui, a menos que se mude o “estilo” do conteúdo que se vê. Por isso é comum que usuários de pornografia passem a ver conteúdo cada vez mais perverso e bizarro, ou seja, para que altas cargas de dopamina, que viciaram o cérebro, continuem sendo liberadas.
Esse conteúdo foi publicado originalmente no Sempre Família, em 24/4/2017.



