Vinte e cinco pessoas foram presas dentro de um ônibus do transporte coletivo da linha Alferes Poli, na manhã desta quinta-feira (22), por volta das 9h40. O grupo entrou sem pagar a passagem, estava fazendo bagunça e fumou crack dentro do veículo.
A Polícia Militar (PM) foi chamada e fez a abordagem ao veículo na Rua Lamenha Lins, no bairro Parolin, em Curitiba. As prisões foram feitas por policiais do Gama/CPC que atua em casos de assalto a ônibus -, que não estavam fardados. Segundo a PM, havia outros 15 passageiros no ônibus que estavam sendo incomodados pelo grupo.
A referida linha vai da Praça Rui Barbosa até a Estação Fanny e passa pela Vila Parolin. O ônibus foi abordado quando seguia do Centro para o bairro. A PM afirmou que os presos eram moradores da Vila Parolin e alguns vivem na rua.
As pessoas detidas estavam com oito cachimbos de crack, duas facas, duas tesouras e um aparelho de GPS. O grupo não estava com nenhuma pedra de crack, pois já tinha fumado todas ao longo da viagem, segundo a PM.
O órgão informou ainda que o aparelho de GPS tinha sido roubado por uma das pessoas presas. Dos 25 detidos, um era fugitivo da Colônia Penal Agrícola e foi levado para o Centro de Observação e Triagem. Havia ainda três mandados de prisão por roubo contra três pessoas do grupo. Essas pessoas foram encaminhadas para a Delegacia de Vigilância e Capturas.
Os outros 21 detidos foram encaminhados para o 2º Distrito Policial, no bairro Água Verde. Segundo o delegado Gil Tesseroli, responsável pelo distrito, eles assinaram um termo circunstanciado porque não pagaram a tarifa do transporte coletivo, considerado um crime de menor potencial ofensivo. Todos foram liberados, mas ainda vão passar por uma audiência no Juizado Especial Criminal.
Linha
O problema na linha Alferes Poli é antigo, ocorre desde 2008. A questão foi noticiada pela Gazeta do Povo em maio deste ano. Metade dos passageiros daquela viagem não pagou a tarifa. A reportagem constatou também que havia pessoas transportando drogas no veículo.
A má fama da linha é tanta que a Viação Marechal, responsável pela linha, só tem usado motoristas "folguistas", que trabalha um período de um mês, em média. O motorista que trabalhava esta manhã na linha foi transferido, por cautela. A informação foi confirmada pelo Grupo Tático Velado (GTV), da Polícia Militar, que atua no transporte coletivo de Curitiba.



