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Transporte

32% das rodovias do Paraná estão ruins

Engenheiros do DER defendem a melhoria de 5,2 mil quilômetros de estradas no estado até 2030

Confira as melhorias que precisam ser feitas |
Confira as melhorias que precisam ser feitas (Foto: )

Cerca de 5,2 mil quilômetros de rodovias estaduais e federais do Paraná, o que equivale a 32% do total (15,8 mil), estão em estado de conservação inadequado para o tráfego de veículos que suportam. Pelo menos 654 quilômetros de estradas não têm nem pavimentação, 3,8 mil quilômetros precisam de manutenção e readequação – pois quando foram projetados não previam o movimento que têm – e outros 580 quilômetros devem ser adequados à Classe 1, ou seja, têm um bom estado de conservação mas necessitam melhorar em outros requisitos.

O diagnóstico faz parte do Programa Rodoviário de Ações para o Crescimento Econômico-Social do Paraná (ProRodar), da Associação dos Engenheiros do Departamento de Estradas de Rodagem. O ProRodar foi entregue ontem à tarde ao governador Orlando Pessuti e será enviado também aos principais candidatos ao cargo nas próximas eleições. Os engenheiros aconselham que as obras sejam feitas até 2030, com uma previsão orçamentária de R$ 25 bilhões. "Apenas sugerimos e não definimos a parte orçamentária. Mas o projeto pretende mostrar o diagnóstico das rodovias para que os futuros governantes saibam onde investir", afirma o presidente da associação, Octávio José da Rocha. Ele diz que o último plano diretor das rodovias do Paraná havia sido feito em 1951. "Temos rodovias que não fazem parte do anel central, porém têm um movimento semelhante e por isso temos de investir nesses pontos também", diz.

O projeto prevê um mapa para 2030 com rodovias que interligam o estado de Norte a Sul e Leste a Oeste sem interferências (veja infográfico). Hoje algumas estradas terminam no vazio. Há ainda rodovias menores que ligam as cidades aos anéis centrais, contudo estão em péssimas condições de uso. Algumas delas são: BR-373 (em Coronel Vivida, entrada para a BR-277), BR-476 (entre Paula Freitas e São Mateus do Sul) e PR-182 (entre Marmelândia e Jacutinga). Rocha explica que o projeto pretende acompanhar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná – o que significa dizer que o estado deve saltar dos atuais R$ 170 bilhões de PIB, para R$ 496,4 bilhões em 20 anos. E como 62% do escoamento dos produtos é feito pela malha viária, as rodovias precisam estar adequadas para conseguir escoar essa produção. "Sabemos que existem problemas e precisamos que o governo faça com que as vias sejam economicamente perfeitas. Usar o sistema de pedagiamento da rodovia, cuja administração seja do próprio estado, é uma alternativa", diz o diretor-executivo da Fe­­deração das Empresas de Trans­porte de Cargas do Paraná (Fe­­transpar), Sérgio Malucelli.

Dos 3,8 mil quilômetros que precisam de melhorias e readequação, a maior parte está no eixo Leste/Oeste e Norte/Sul. Alguns trechos são: BR-476 (entre São Mateus do Sul e Arau­cária), BR-272 (entre Goioerê e Campo Mourão), BR -163 (entre Guaíra e Toledo) e BR-467 (entre Toledo e Cascavel).

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