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O primeiro semestre de 2012 apresenta um balanço de 59 explosões e 41 arrombamentos de caixas eletrônicos no Paraná. O levantamento feito pelo Sindicato dos Vigilantes de Curitiba aponta para uma média de um ataque a cada dois dias no estado. No mesmo período, segundo a pesquisa, 16 bancos foram assaltados e houve três roubos a clientes que saíam de agências depois de efetuarem saques.

A última tentativa de arrombamento aconteceu nesta quarta (18). Cinco homens invadiram um supermercado no bairro Campo de Santana, na capital paranaense, e tentaram explodir um posto de atendimento automático. Apesar de danificar o equipamento, os sujeitos não conseguiram levar nada e fugiram antes da chegada da polícia.

De acordo com o presidente do sindicato, João Soares, o problema é reflexo dos roubos de cargas de dinamite no país. "No balanço do Exército, Minas Gerais aparece com 14 roubos de explosivo, em primeiro lugar, e o Paraná em segundo, com dez. Acreditamos que haja relação entre os ataques e os roubos", reclama.

O Exército faz o controle do transporte e qualidade do produto no país. A assessoria de imprensa da organização militar revelou que para explicar como funciona o controle de explosivos no Brasil, precisa consultar seus arquivos e não apresentou um balanço de quantas cargas foram roubadas no ano.

Além da fiscalização sobre os explosivos, o dirigente do sindicato dos vigilantes reclama das instituições bancárias. Segundo ele, falta preocupação com os clientes e sobra quando o assunto é proteger as cédulas. "Os bancos propõem agora fazer um caixa eletrônico com mais resistência [a explosões]. Você imagine o que acontece se eles fortalecem a estrutura. É óbvio que o bandido coloca uma carga maior do que a usada hoje e aumenta o risco. Os bancos raciocinam de modo a defender o dinheiro, as pessoas parecem meros detalhes com esse tipo de atitude", critica Soares.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) foi procurada pela reportagem para esclarecer se há mesmo uma proposta de reforçar caixas eletrônicos e se posicionar sobre o assunto, mas até as 19h desta quinta-feira (19) não deu retorno.

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