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Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar | Roberto Custódio/JL
Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar| Foto: Roberto Custódio/JL

Problema afeta mulheres

Embora seja muito mais freqüente entre os homens – estatísticas mostram que 60 a 70% deles vão ficar carecas em alguma etapa da vida – a calvície pode afetar também as mulheres. Nesses casos a prevalência gira em torno de 10 a 15% e pode estar relacionada a distúrios hormonais, anemia por falta de ferro, infecções, dieta alimentar restritiva, período pós-parto ou ainda uso de alguns medicamentos. De acordo com a dermatologista e especialista em transplante capilar, Maria Angélica Muricy, nas mulheres o diagnóstico precisa ser muito mais detalhado. "Geralmente precisamos de exames laboratoriais e em alguns casos até mesmo biópsia do couro cabeludo", explica.

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Aeroporto de mosquito, pouca telha, bola de cristal, cabeça de lua cheia... a calvície alheia inspira piadinhas. Há quem se ofenda e quem, sem escolha, aprenda a levar na brincadeira. Mas hoje em dia, ser careca pode ser uma opção. As alternativas para garantir a cabeleira vão muito além dos condenados "cabelos de boneca" e das perucas. Mas quem quer curtir a cabeleira precisa começar a cuidar do cabelo desde cedo, já que nem os transplantes de cabelo dão conta se não houver o mínimo de fios aproveitáveis.

O alerta vale principalmente para quem têm outros carecas na família. A calvície tem origem genética, se há casos por parte do pai ou da mãe, a chance de perder os cabelos é de 50%. Já se o problema afeta ambos os lados, a probabilidade aumenta para 75%.

Os irmãos Jean, Oscar e Cristian Coelho Lemos, de 31, 29 e 21 anos respectivamente, resolveram assumir a careca. Os três começaram a perder o cabelo por volta dos 15 anos, por conta da herança genética paterna. Oscar foi o primeiro a radicalizar. Aos 14 raspou o cabelo e aos 16 fez uma tatuagem na cabeça. Jean foi o próximo a adotar o visual totalmente careca. Cristian, o mais novo, é o único ainda alterna períodos de pseudocabeleira com a careca absoluta. "Quando era mais novo tentei usar um moicano, mas como já tinha algumas falhas a galera ficava zoando", lembra.

Perder cabelos é, até certo ponto, normal. A média de queda é de 100 fios por dia para uma pessoa saudável. A calvície não causa a perda excessiva dos cabelos de uma hora para a outra. "É preciso prestar atenção na perda de volume", alerta a dermatologista e especialista em cabelos, Fabiane Brenner.

Os tratamentos clínicos disponíveis hoje são capazes apenas de manter e recuperar a qualidade dos fios, ou seja, não fazem nascer cabelo novo e, portanto, devem ser usados por quem ainda está no estágio inicial de calvície. O mais popular é o chamado finasteride, um modificador hormonal que atua bloqueando o hormônio masculino que leva ao enfraquecimento dos fios. O paciente toma um comprimido por dia e o efeito se mantém durante o uso da medicação. "Comecei a tomar o remédio aos 21 anos, quando depois de um acidente com fogo tive de raspar a cabeça e percebi que já tinha algumas falhas. Tomei por cinco anos e acho que ajudou bastante", conta o cirurgião dentista Belmiro Tesser.

Outra opção é uso de uma solução tópica chamada minoxidil, que é aplicada diretamente nos cabelos diariamente e age estimulando os fios que já estão fracos. Assim com o finasteride, o tratamento deve ser contínuo. Alguns profissionais recomendam inclusive o uso associado dos dois.

Para os mais radicais há ainda a opção do transplante, mas que também depende de uma boa quantidade de cabelo na parte posterior da cabeça. De acordo com a especialista em transplante capilar, Cristiane Klimovicz, a técnica mais avançada disponível hoje é transplante microfolicular, que consistem em transplantar, com o auxílio do microscópio, cada unidade folicular, que pode ter de 1 a 4 fios de cabelo. O uso de pequenas agulhas e a separação minuciosa dos fios evita o temido efeito "cabelo de boneca", que se obtinha antigamente quando eram transplantados pequenos tufos de cabelo de uma só vez. Cada sessão, que compreende a retirada dos cabelos e o transplante, pode levar de 6 a 8 horas. A cirurgia é feita com a anestesia local e sedação. "É importante saber que depois de 7 a 10 dias há a formação de uma casquinha nos locais de aplicação e os fios caem, isso é normal. Os resultados começam a aparecer em 2 ou 3 meses, e somente perto de um ano depois os resultados já podem ser considerados definitivos", esclarece.

Para os mais céticos, a especialista garante que não há riscos dos cabelos transplantados caírem depois de um tempo. "Os fios da parte posterior da cabeça são programados geneticamente para não cair", explica.

O dentista Ulysses Chuery, 35, já fez dois transplantes, um há cinco anos e outro há dois. "Estava ficando careca principalmente na chamada coroinha e optei pela cirurgia porque queria resolver de vez", conta.

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