Segundo o coronel Jorge Costa Filho, comandante do Policiamento Preventivo da Capital (CPC), a filosofia do Projeto Povo é excelente, mas a cidade é grande e o plano é gradativo, por isso as pessoas têm dificuldade de identificar e reconhecer a atuação da polícia comunitária.
"O objetivo é colocar o policial cada vez mais próximo da população para descobrir quais são os problemas da comunidade e orientar o cidadão para buscar a solução de problemas, indo além das questões de segurança pública", explica o coronel.
Sobre as reclamações registradas pela reportagem durante as visitas feitas a alguns bairros da capital, Costa Filho diz que o projeto está sendo aperfeiçoado e que a tendência é o serviço melhorar no futuro.
O coronel diz que a visita é só uma parte do conceito de polícia comunitária. "O atendimento está sendo ampliado. A PM está formando uma nova turma, com 1,1 mil novos policiais militares, sendo um terço para Curitiba e região metropolitana." No entanto, ele crê que a maioria das pessoas já foi visitada na capital, mas que isso não é notado por causa da rotatividade, pois bairros como a CIC (a população é de cerca de 160 mil pessoas) são maiores que muitas cidades do Paraná.
O coronel lembra ainda que a corporação faz atendimento emergencial, sendo o serviço de investigação uma atribuição da Polícia Civil. "A pessoa precisa ir à delegacia e tomar as outras providências necessárias. A gente faz a investigação quando é possível, mas isso não é tarefa nossa", explica.
Segundo Costa Filho, a população deve continuar ligando para o número 190 serviço de emergência e gratuito caso não consiga contato com o telefone do projeto Povo. "O celular é um número a mais para melhorar a qualidade do atendimento da PM."



